23.12.16

Capítulo XI

Treze segundos. Pouco? Depende. Se estiver com quilos nos ombros, se for para decorar uma imagem complexa, se para usufruir algo, se para vencer certa distância. Diferentes percepções. Ele não sabia direito qual seu desafio. Olhava de cá, de lá, em questionamentos mil. Devo mesmo trabalhar nas plantações? Ela é mesmo minha metade? Devo voltar para minha terra natal?
O novo leva tempo para secar. Até lá, arestas brabas. Se há disposição temos chances.
O dia seguinte foi difícil. Falasse com ela sobre a quebra dos pactos e as relações transbordam. Tudo bem com pires. Mal o café quente na pele frágil. Sair da nova formação seria retornar ao nada. Estava bem claro para ele a necessidade de permanência. E daí? Não seria a primeira decisão tomada. E como precisamos tomá-las. Nossa.
Passeou duas vezes pela terra no dia. Manhã fresca. Sol agradável e céu primeiro colorido. Plantas crescendo bem, membros bem-humorados. À tarde, pão. Sol põe o ponto último e resta a cor mais escura. Quatro horas depois ele ainda está em seu posto. Noite de vigia dos bichos. É preciso proteger os brotos. Há encrencas que atrapalham o cultivo. Quinze segundos para a rendição. Deixa a guarda. Sabe que outro número absorverá a demanda. Certas coisas é melhor cortar. Consegue. Mais uma baixa.

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