31.7.17

Poema torto

                        Colheita prece
                 Tortuoso ciclo
          Força bufa


Consegui - recorde absoluto de visualizações

3.132 acessos durante julho de 2017 até agora, 20h30min, em 31.7. Muito mais que eu esperava. Ótimo saber sobre a capacidade da minha escrita. Quero muito mais, a seu tempo. E tenho certeza que ainda posso conquistar degraus mais altos. E conquistarei. Vocês, claro, podem me ajudar. Voltem a este blog. Pretendo continuar sua alimentação periódica, como tenho feito há mais de 4 anos. Com bons textos e outros conteúdos. Grande abraço. Obrigado pela confiança. Até breve.


Exercício de criação de texto

Faça um verso com as primeiras três palavras que mais te chamarem a atenção da lista abaixo. Atenção: o verso só poderá conter seis palavras no total, inclusive as três escolhidas. Farei o meu até amanhã.

- força
- envelope
- ciclo
- cicatriz
- rebelião
- sintoma
- colheita
- interesse
- conversa
- vida
- rabo

Boa escrita.


30.7.17

A paz das igrejas. Por quê?

Não havia ainda me perguntado sobre o porquê de sentir uma baita paz dentro de uma igreja séria. Ora, entrava, rezava ou não, e saía. Por vezes, ficava mais tempo, assistia às missas, me confessava, participava das celebrações e até ajudava nos rituais. E pronto, o preenchimento vinha. É apenas um lugar, pensava. Adornos mais ou menos presentes, pessoas nem sempre, música ocasionalmente, ritos, ambiente geralmente silencioso. Devia ser o silêncio, elocubrava. São Paulo tem barulho de sobra e um templo religioso é um oásis nesse caos. Mudei para Vinhedo, mais silenciosa. Não é a ausência de ruído. O que é? A resposta me veio esses dias, em uma sessão de terapia. É a energia. Ela fica lá. As vibrações ficam lá, no ambiente todo. Então, quando chegamos e acalmamos a mente, toda a positividade e a certeza de Deus nos abraçam. A igreja é um espaço propício para o acúmulo de bondade e esperança. Somos, assim, bem quistos por nós mesmos e sentimos essa paz.



Hominhoco

Nome de minhoca atrapalhada de desenho animado, confira.
Além disso, reflito sobre o sono. Dormir mais ou menos pelo nosso caminho. Estudos comprovam os males da privação das horas noturnas. O corpo precisa de repouso sério. O que fazer, porém? Parece que por vezes não há muito espaço, e o sono é adiado. Estresse, cansaço brabo. Li outro dia que depois de certo tempo a cabeça desiste e desgruda a ideia de descanso. Credo. Dormir bem é tão bom. Revigora, acalma. Prefiro lutar para recuperar o tempo de poucas horas de sono. Contudo, tudo tem seu tempo, como dizem por aí. Beleza. Vou dormir mais um pouco agora.

29.7.17

Cinco lugares

O abraço de um amigo, o beijo encaixado, o esforço bem feito, o nascimento do filho, o sabor familiar.
Não adianta mudar de bairro, país, restaurante, escola, se não se sabe o que se procura. O lugar é apenas um fator. E não é o mais importante. A velha 'o que vale são amigos, não o lugar de encontro', é real.
Então, insista um pouco mais. Se não der certo novamente, ok, pegue o avião. Mudar de ares também pode ser parte do bom caminho.

28.7.17

Foto de casamento

Vida de uma, chinelo da outra. Casamento de pessoas. União sagrada pelo caminho escolhido. Cartório, significado social e prático. A personalidade diferente de cada indivíduo. As informações são muitas. As fotos capturam tudo, diz a fotógrafa. Os olhos alertas, as mãos expostas. A troca das alianças é precisa. Depois das formalidades há a festa. Sorrisos mais ou menos públicos. A liberdade do ar adoça os dois. E, o ninho garante a força. Frutos bem vindos, recordações várias. 
Tudo isso escrito em um álbum de casamento. Parabéns. Desejamos ao casal. 

27.7.17

Pergunte-se

Difícil, sim, muito. Estou no lugar que quero estar? Estou com quem quero estar? Trabalho na atividade certa para minha realização? Tenho cuidado bem do meu corpo? E da minha mente? Tenho sido um bom pai? Um bom esposo? Irmão? Filho? Neto? Sou um bom cidadão? Ajudo as pessoas o quanto posso? Tenho ambição? Sou feliz?
A lista é infindável.
Nosso tempo é finito.
Nossa relação com nós mesmos é sagrada. Sempre é bom revermos nossos passos atuais. E redefinir o curso, se o caso. Desafiador, claro, mas necessário.
Boa sorte, capitão.

26.7.17

Mateus 6:1-15 Esmola e oração

Gosto muito desse Livro. Vale sua leitura.

1 Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. 
2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 
3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; 
4 para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 
5 E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 
6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. 
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
9 Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 
10 venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 
11 o pão nosso de cada dia nos dá hoje; 
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; 
13 e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. 
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 

15 se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.



25.7.17

Dia do escritor. 25.7

Parabéns aos escritores brasileiros.
Sou escritor?
O verbete diz que sim, já que escrevo obras científicas (no Direito e sobre a composição escrita formal) e literárias. Estas, principalmente.
O que é literatura? O dicionário Cegalla diz que é a "arte de compor ou escrever trabalhos em prosa ou verso com o objetivo de atingir a sensibilidade ou a emoção do leitor ou do ouvinte". O Oxford diz "written works, esp. those whose value lies in beauty of language or emotional effect". A mesma coisa.
Há definições diferentes, claro. De outros dicionários ou escritores. Há quem já disse que na literatura não há "a árvore tem uma copa", mas "aquela árvore mudou depois da visita dele". E, por quê? Interprete a estória. Não haveria literatura em narrativas literais, sem margem à mais de uma interpretação.
Entendo que literatura também é isso, e muito mais. O conceito cabe em algo mais amplo como afirmam os dicionários. Estética sim, e sensibilidade. Não é difícil. Todos temos nossos causos, e colocá-los no papel é literatura.
Diário é literatura. Poesia, romance, conto, crônica, texto de opinião, textos científicos.
Claro, Sheakespeare e Darwin criaram literaturas diferentes, mas tiveram e têm até hoje seus fiéis leitores.
Sobre o que eu escrevo por estes espaços virtuais saibam que meu objetivo primeiro é propriamente escrever. E ser lido, reconheço. Há certa vaidade nos que se metem a deixarem seus textos acessíveis aos outros.
Todos têm algo a dizer? Já defendi em um texto que sim. E afirmo novamente. As ideias literárias existem em você. A prática garante uma forma mais aprazível de divulgação. A leitura de escritores clássicos e novas revelações é importante. O "nada se cria, tudo se copia" é, em grande parte, verdadeiro. A margem de criação ainda é enorme, mas não é fácil elaborar algo reconhecível, até para nós mesmos.
Tudo que saiu de nós estava dentro e, portanto, entrou e, ora, já estava fora, criado. Criamos? Ou transformamos?
O texto literário, assim, não é algo frio, inteligível, mas, realmente, algo pessoal. É o autor, o escritor, exposto. Exige-se muita coragem. Aliás, essa a origem da palavra coragem, a tradução do coração da pessoa.
Feliz dia do escritor.



24.7.17

To try

Do you wanna try it? No, thanks. Ok. That's your choice. Don't worry about it. You don't have to experience everything. Yes, but how could I know the taste? You won't. Sleep in peace, dude. We can't eat all the apples.

23.7.17

Vinhedo, a joia verde do interior paulista.

E é mesmo. Das ruas do Centro há uma bela vista de muito verde. O esforço de preservação permanece, pelo Governo e pela população. Prédios baixos, condomínios de casas com áreas verdes, ruas arborizadas. Parques, praças, represas. Zona rural, matas. Serra dos Cocais. Muito agradável.



22.7.17

Lista de coisas simples

A moda é a simplicidade. Por vários motivos, e aqui começa a lista: comer muito dá dor de barriga, dormir demais dá sono, se trancafiar em casa dá depressão, trabalhar demais mata, sim, estudar em demasia embaralha a cabeça, pega resfriado quem fica muito do lado de fora.
Por isso, o povo quer: descansar. A saturação não está com nada. Digite na internet 'violão de uma corda só', e se surpreenderá com a musicalidade. Misture salsinha com água ardente e gelo. Lixo reciclável empilha-se, mexe daqui e dali e pronto, um castelo simples. Roupa sem passar também é roupa. Uma ideia. Simples assim. O mundo está carente de tempo, companhia, atenção. Só isso. Descomplicar. Fazer mais com menos. Tchau aos excessos. Mais meditação, esporte e cultura. Menos desigualdades, extremos. Não espero o completo equilíbrio, pois precisamos de barreiras. Torço para mais tranquilas notas, um prato mais balanceado e dias de silêncio. 

21.7.17

Como escrever uma boa redação escolar? Sete passos.

A redação escolar é, em geral, o nosso primeiro contato com a produção textual. A redação não é nada mais do que um texto de opinião. Serve para desenvolver o senso crítico do aluno, ao mesmo tempo em que o prepara na comunicação escrita, com toda a dificuldade gramatical, ortográfica etc. que isso envolve.
Mas, não é nem um bicho de sete cabeças. Aí vão sete passos para ajudar nossos futuros e futuras escritores e escritoras.

1) Leia editoriais dos grandes jornais, como Estadão e Folha de S. Paulo. São aqueles pequenos textos no primeiro caderno, nas primeiras folhas depois da capa. São verdadeiros textos de opinião e em formato de redação: ideia principal ou introdução, desenvolvimento e conclusão. Ler o ajudará a entender melhor esse mecanismo e quando for fazer seu texto estará mais familiarizado. Me ajudou muito.

2) Mãos à obra. Treine muito. Pense em algo que o pessoal anda conversando, como se comer de três em três horas é mesmo uma grande descoberta, ou se o voto no Brasil deve continuar obrigatório. Seu tema deve ser apresentado logo no primeiro parágrafo. Essa é a introdução. Nos dois ou três parágrafos seguintes desenvolva a discussão. Por que o voto é obrigatório? Estamos preparados para uma mudança? A conclusão deve expressar sua opinião. É o último parágrafo. O voto deve continuar obrigatório? Você quem sabe. Pesquise à respeito. Veja o que os outros estão escrevendo sobre isso. Opte por um lado, de acordo com suas crenças.

3) Prefira frases curtas e objetivas. Não prolongue muito os parágrafos. Cinco a seis linhas, no máximo. Em vinte a trinta linhas dá para escrever muita coisa boa. Geralmente é esse o tamanho esperado de uma redação.

4) Escreva em terceira pessoa do singular, e impessoal. "O Brasil é um dos piores países do mundo no desenvolvimento da educação. O voto obrigatório revela a força alienante da política, em que o povo semi-analfabeto mal sabe a diferença entre um Deputado Federal e um Senador, mas precisa escolher um número da urna eletrônica." Não escreva "Eu acho que o Brasil é mesmo um país de ignorantes. Pretendo virar professor para arrumar a coisa toda."

5) Evite ditados populares, como "quem pode pode, quem não pode se sacode". O mesmo para palavras chulas, como palavrões. A linguagem culta e precisa deve ser prestigiada.

6) Conciso e coeso deve ser seu texto. Isso significa que deve haver concisão textual, isto é, dizer muito com pouco. A arte da objetividade. "A melhor forma de ter muito dinheiro é economizar cada centavo do seu salário." Troque por: "Não gaste tudo que ganhar." A coesão é a fluidez e a ligação, a relação com sentido entre os parágrafos e ideias. Use e abuse dos conectivos "dessa forma", "porque", "portanto", "bem como", entre tantos outros.

7) Releia, melhore. Sempre passa algo despercebido e cabem aperfeiçoamentos.

Divirta-se. Escrever bem nesse Brasilzão é como descobrir o ouro.


20.7.17

Normal

Dia normal, hoje. Previsões conformes, sol nasceu. Mas, algo sempre parece errado, anormal. Ainda não fiz aquilo, deixei para amanhã o que deveria ter feito ontem. Preferi deixar para depois de amanhã o projeto do dia seguinte. E o dia padrão é feito.
Repare: se fazemos algo diferente é como a conquista do cume, o astral é outro, a lista parece mais leve.
Nem sempre, porém, a coisa dá certo como o pretendido. E aí? Paciência? Paciência, caro. Tudo se acertará. Ah, caxumba. Tô fora. Não quero esse papo mambembe. Prefiro, mesmo que escorregadia, a verdade mentira, aquela sua efêmera chance. E pronto, consegui mais um dia mais que normal, meu.

19.7.17

Janecabelá

Cabe
Aquilo também?
       Sabe

Folha de madeira maciça
                         
      Mais de setenta anos
Uma dezena de dobradiças
       Nos sonhos tramamos

Não que eu tenha medo
Mas, melhor sempre foi acordar cedo
A noite silenciosa
Na manhã, pouca prosa

Se janela falasse
Ah, essa diria
Meu filho, não volte muito glacê
Amanhã tem festa na piscina


Vídeo motivacional - você não está sozinho



Você não está sozinho.
Sua singularidade não é por acaso.
Daí sua importância no todo.
Acorde com esperança e fé.
Trabalhe, claro. Não espere acontecer, reaja e preserve-se.
Tenha um objetivo de breve alcance, possível. Outro de médio e mais um de longo prazo. O que você precisa para conquistá-los? Então vá. Agora.
E durma tranquilo. O que é fácil? Para quem? Todos têm problemas. É natural.
Força força força

18.7.17

Conto poético de prosa crônica.

Ah, alguma diferença cabe bem. Coloca-se cada vigor em sua caixa e cria-se o criado. Dele servem-se os drinks, abre-se a porta da frente e, o principal, a companhia. O texto mordomo. 
A poesia deve transcender, surpreender. Tudo que é óbvio desconfie.
O conto é conto, espere uma boa e curta história. Personagem complexo é coisa de romance, de longa prosa.
A crônica é mal crônico. Reserve seu encosto, seu cérebro agradece. Opiniões são bem vindas.
Esquecer tudo isso é besteira, reconheço. A cega ação reacionária gera ainda outra fórmula secreta. Recomendo mexer bem, esquecer uma boa metade e crescer seu próprio método. 
Estude muito a teoria literária e depois reinventa a sua, meu caro. E tudo bem.


Devo terminar um dia: Os irmãos Karamázov, de Dostoiévski.

Ótimo livro. Ainda faltam centenas de páginas, mas sua qualidade já está demonstrada. Edição física. Por volta de mil folhas. Já li umas duzentas. Sigo e paro para ler outros livros mais urgentes. História com muitos personagens e detalhes. Bem escrita. Quando terminar volto aqui nessa mesma publicação para uma impressão completa.

05.08.2018

Terminei. Mais de um ano depois. Não foi a obra mais desafiadora. Continuo com o desafio dos livros da ditadura, do Gaspari. Parei no terceiro, se não me engano. Mas, foi, sim, o romance mais difícil de terminar. Não de ler. Sua leitura não é das mais simples. Exige atenção e calma. Mas, flui bem. Acontece que há capítulos extensos e é bastante complexos em enredo e reflexões. Haja tempo. E, sim, me meti em um grupo de leitura há algum tempo. Lemos livros quase todos os meses do ano. Difícil. E maravilhoso. Salve nosso Minarete.

Repito: o livro é fantástico. Sou advogado e, também por isso, pude curtir muito o final da obra, um tribunal do júri completo e bem construído. A leitura é muito mais, porém. Leia. Principalmente, o trecho das atrocidades da idade média (saberá), quando o autor questiona se vale a pena viver em um mundo tão bárbaro. Fogo. E, claro, um capítulo mais para o fim, em que o personagem Ivan dialoga com o coisa ruim, na sala da sua casa. Sensacional.
Boa leitura. Obra obrigatória.


Lerei rapidamente: Furacão na Botocúndia, biografia de Monteiro Lobato, Carmen Lucia de Azevedo, Marcia Camargos, Vladimir Sacchetta. Senac, 1997.

Como parte da nossa preparação para a Festa Literária de Vinhedo - FLIVI (28.8 a 3.9.2017), lerei essa importante obra. Muito sobre o Lobato está aqui. Nosso grande escritor e editor no Brasil com sua pioneira Companhia Editora Nacional. Depois contarei mais sobre ele.
Uma das autoras, Carmen Lucia de Azevedo, estará na FLIVI para aguardada palestra.

Já estou próximo da metade do livro. Maravilhoso. Não consigo parar. Monteiro Lobato foi uma pessoa imensa. Quanta experiência de vida, trabalho literário e difusão de boas ideias. Mais: empreendedor corajoso, formador de opinião e muito criativo. Editor, escritor, jornalista, Lobato ainda visitou outras posições sociais importantes. Sensível aos desafios brasileiros, foi fundamental para o crescimento da literatura nacional e, consequentemente, da cultura.
Em breve mais impressões.


Estou lendo: Elogio dei giudici scritto da un avvocato, de Piero Calamandrei. Martins, 1995, tradução da original de 1959.

O título na tradução: Eles, os juízes, vistos por um advogado. Como Rogério Tucci critica, no 'Piero Calamandrei: vida e obra - contribuição para o estudo do processo civil', a tradução foi infeliz ao retirar o 'elogio'. Isso porque, a obra é mesmo um tratado ao Judiciário, com foco principal nos bons juízes. Mas, também, e essa a principal virtude da obra, às várias outras personagens, como promotores, advogados, clientes, bons e ruins.
E não falo mais nada, pois ainda tenho pouco menos de 200 páginas das 400 para ler.
Mais: farei uma resenha completa com a parceria do já conhecido por aqui, Vagney Palha de Miranda. Colega advogado profundo conhecedor do direito.
Acompanhem, leiam o livro. Até breve.


17.7.17

Será nesse mês? Super Meta de acessos.

Caríssimos, conto com vocês para acessarem como loucos este bravo blog. Tenho uma Super Meta (com letras maiúsculas mesmo) de 3.000 acessos até o último dia do presente mês. Claro, pretendo postar muitas coisas boas. E dar um jeito de atingir esse arrojado número. É quase três vezes mais do que o recorde anterior (a marca de dois mil e tantos acessos foi de algum site maluco, portanto não considero). Mas, por algum motivo sinto que chegou a hora. Depende muito de mim, com certeza, porém também peço sua confiança. Postarei todos os dias. Tenha a curiosidade de chegar mais perto, diariamente. Navegue pelos posts antigos (tem coisa boa). Divulgue (peça para sua tia acessar).
E a Super Meta será vencida.


Nobel Vinhedo. Parceria nota dez.

Meus amigos da Nobel Vinhedo, muito obrigado. A parceria com esse humilde blog é nota dez. Orgulho de divulgar a marca. A literatura de Vinhedo ganha muito com vocês. Primeira Festa Literária - FLIVI vem aí em 28/8 a 3/9/2017. Nosso grupo de leitura já com 4 anos e mais de 40 títulos discutidos. Muitos lançamentos, saraus e palestras várias. E, claro, bons produtos comercializados. Conheçam. Rua Benedito Storani, 111, Vila Thereza, Vinhedo.


Dia dos pais. Presente. Apoiadora Vanessa Oliveira Fotógrafa.

Dicas para presente no dia dos pais? Acesse https://www.facebook.com/vafotografa/ e confira boas ideias para presentear seu velho. Agradeço mais uma vez o apoio a esse blog, Vanessa.


16.7.17

Resenha: Cegueira sem ensaio, de André Barretto. Publicação independente, Campinas, 2017.

Nada é impossível, já te disseram. Feche os olhos, confie. Agora, mexa-se. Não, controle-se e mantenha os olhos cerrados. A vida já é desafiadora. Imagine-se enfrentá-la sem poder enxergar. O choque inicial, os primeiros dias, a esperança de voltar a ver, a aceitação, a nova vida.
O livro conta como doze pessoas venceram o desafio da cegueira adquirida no decorrer da vida.
Relatos como o da mãe que esqueceu o rosto de sua filha mais velha ou de como outra personagem conseguiu seu primeiro estágio em uma grande empresa. André apresenta o progressivo "retorno" da visão daqueles que se tornaram cegos durante a vida.
Você sabia que o mundo dos cegos não é escuro? O cérebro continua à mil por hora e é capaz de criar imagens, mesmo sem luz. O odor, o som, o tato. Os sentidos potencializados.
A cegueira é sim uma difícil limitação, pois tão automático é ver. Mas, não é desculpa para abandonar os próximos passos. Histórias de casamentos, filhos, muito trabalho, esporte, independência doméstica e social, inclusive financeira.
A impressão das páginas é uma arte e revela esse caminho de descobertas de um mundo muito mais amplo do que você possa imaginar. A cegueira não é um fim, mas um outro começo.


15.7.17

Comemoro

15 anos exatos. 15.7.2002.
Recentemente, anunciei o feito. O entusiasmo permanece. Repito, então, a dose. 
Tenha o hábito da escrita. Física, sim. O mundo digital é tão frio, intangível. O computador, me desculpem, não me traz confiança. Prefiro o papel, a tinta e seu cheiro característico.
Você não precisa chamar de diário. Parece coisa de menina, eu sei. Nomeie como caderno de anotações, espaço de ideias. Rascunho. Mas, tenha um. Guarde na gaveta. E use quando quiser, não precisa ser diário.
Faço isso há quinze anos com certa regularidade e os frutos vieram. Melhora na comunicação, publicações, leitores, satisfação pessoal. O primeiro livro impresso ainda virá, tenho certeza. Mas, já tenho textos em Jornal impresso, o que me dá muito orgulho.
O mundo digital é interessante e acessível a qualquer hora e dispõe de muitos formatos de publicação. Porém, cansa. É como escrever no ar. Os leitores sentem um cheirinho e se for bom vão espiar. O aroma vai embora, junto com a obra. O texto impresso, acredito, está mais para o próprio bolo. Seu cheiro é espalhado de outra maneira, pelos próprios leitores, saciados pelo quitute que se come de novo, se quiser. Algo assim. É diferente. Mesmo que seja só para guardar na estante. É meu, olha só. Ixe, acabou a bateria. Não. Difícil transição. Nasci ainda no tempo das enciclopédias, dos gibis, dos livros amarelados. O digital é ótimo, mas é o digital. 
É isso. Escreva. No meio físico, real, por favor.



14.7.17

XIII

naquela foto todos sorriam
     verdadeiro?
Sim
                 coisa rara
soube que ele escreve sobre nós?
Sim
Coisa boa não deve ser. Cara pessimista


Mais um registro. Logo esquecem. Ou não
É
         diz que o texto melhora a cada nova procura. como lançar o boomerang. Não volta de primeira
                                            Já leu? Romance? O primeiro dele é horrível
Nem diga. Gosto das crônicas
Ele também. mas, não quer largar
Bem, por vezes, melhora. Serve como
Prática, de qualquer forma. Fui. Eu também

9.7.17

FESTA LITERÁRIA DE VINHEDO - FLIVI - 28.8 a 3.9.2017

Não deixem de prestigiar a Primeira Festa Literária de Vinhedo - FLIVI, de 28 de agosto a 3 de setembro de 2017.
Homenagearemos o importante Monteiro Lobato. Palestras de escritores, atividades interativas, música e muito mais. Para todas as idades, principalmente para as crianças. Todos os dias das 9h às 21h, no Teatro Municipal de Vinhedo.


5.7.17

Resenha do livro Ensimesmices, de Paulo Zoppi. Ed. Substância, 2017.

A tônica da obra é sua fluidez. Contos-curta-metragens levam para o universo fantástico do escritor. Início, onda e fim. Muitas cristas mais altas com vertigens de descidas intensas (adverte o Ministério da Literatura).
Há humor, mas também sérias reflexões existenciais. Talvez seja essa a melhor combinação. O equilíbrio do duro e do leve. A espada que não pesa em demasia.
O título é escolhido com acerto. Se olharmos de novo e mais vezes para nós mesmos, a ensimesmice será inevitável.
Sou só corpo (a toda hora outro)? Meu cotidiano "sem problemas" é ruim? Qual rótulo social me serve, ou sou eu que o sirvo? Zoppi não traz as respostas, claro, já que não é um livro de auto-ajuda, embora percorra metade do caminho -- com as perguntas.