Recentemente, anunciei o feito. O entusiasmo permanece. Repito, então, a dose.
Tenha o hábito da escrita. Física, sim. O mundo digital é tão frio, intangível. O computador, me desculpem, não me traz confiança. Prefiro o papel, a tinta e seu cheiro característico.
Você não precisa chamar de diário. Parece coisa de menina, eu sei. Nomeie como caderno de anotações, espaço de ideias. Rascunho. Mas, tenha um. Guarde na gaveta. E use quando quiser, não precisa ser diário.
Faço isso há quinze anos com certa regularidade e os frutos vieram. Melhora na comunicação, publicações, leitores, satisfação pessoal. O primeiro livro impresso ainda virá, tenho certeza. Mas, já tenho textos em Jornal impresso, o que me dá muito orgulho.
O mundo digital é interessante e acessível a qualquer hora e dispõe de muitos formatos de publicação. Porém, cansa. É como escrever no ar. Os leitores sentem um cheirinho e se for bom vão espiar. O aroma vai embora, junto com a obra. O texto impresso, acredito, está mais para o próprio bolo. Seu cheiro é espalhado de outra maneira, pelos próprios leitores, saciados pelo quitute que se come de novo, se quiser. Algo assim. É diferente. Mesmo que seja só para guardar na estante. É meu, olha só. Ixe, acabou a bateria. Não. Difícil transição. Nasci ainda no tempo das enciclopédias, dos gibis, dos livros amarelados. O digital é ótimo, mas é o digital.
É isso. Escreva. No meio físico, real, por favor.
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