22.11.15

10 anos

10 anos. Bom exercício. Imagine-se daqui a dez anos. Morará no mesmo lugar? Fará as mesmas coisas usuais de hoje? Tem algum objetivo de longo prazo? 
Eu não costumo pensar em planos assim distantes. O que deve ser errado. Agora imagino minha vida em 2.025. Pedro com dez anos. Eu com quarenta e 15 anos de advocacia. Quase 30 anos de atividade de escrita. Meus pais com quase 70. Minha avó com 95. Sua irmã com 105. E outras idades. E outras vitórias, derrotas, novos planos, catástrofes, descobertas, nascimentos, mortes, discussões apocalípticas sobre a Terra.
Dez anos. Muito já acontece em um ano. Comecei o movimento de mudar para o interior e em tão pouco tempo (menos de dois anos) consegui. Trabalhar no interior foi ainda mais rápido. Noivar, casar, ter um filho, escrever um livro, escrever para um jornal, correr a Volta ao Cristo de Poços de Caldas. Tantas outras coisas. Tenho 30 anos. Ainda muito o que viver. 
Leia o 'Diário de Anne Frank'. Aproveitemos a vida. Sim, Senhor.


19.11.15

Quem espera sempre alcança?

Sempre gostei de ditados populares. E vejo sentidos na maioria. Acompanhem as próximas publicações. Devo escrever sobre algumas dessas ditas verdades experimentais.
O ditado de hoje é polêmico. Ainda mais nos famigerados dias de crise que vivemos. Como esperar algo acontecer? Todos correm loucamente atrás de sua subsistência, acúmulo de grãos para o inverno, estratégias de combate ao terrorismo, controle à degradação ambiental etc. etc.
Não. Precisamos, diz-se, arregaçar as mangas, derrubar a PresidentA e botar as coisas nos eixos. Revolution, baby.
Sim. Não. Prefiro dar sentido de paciência a este ditado popular. E, claro, seguirmos. Já que paciência é sinônimo de constância e esta significa persistência. Persistir em algo.
Não há difusão do nada. Então, quem criou o 'quem espera sempre alcança' buscava e conquistou seu objetivo. Insistindo nele. 
Vale também meditarmos que o cume da montanha fica mais perto das nuvens e quando se chega lá pode estar frio, nublado e sem ar. Será que você precisa escalar essa montanha? Pense bem. Talvez seja outra ou a mesma em outra época. A montanha não virá até você, mas com esforço diário, na medida certa, ainda não encontraram elevação rochosa que o homem não possa vencer.

12.11.15

aos leitores

Desculpem-me pela queda na frequência das publicações. Tenho trabalhado muito com a advocacia (é bom também) e tido menos vigor para as letras. O comichão, no entanto, permanece latente. Na medida do possível publicarei mais. Continuo com a coluna mensal no Jornal de Valinhos, nas segundas sextas-feiras. Amanhã é dia. Prestigiem. Venda em Valinhos, Vinhedo e Campinas. Até breve.

7.11.15

Sobre a velocidade II

A marcha olímpica do tio, a infração, insisto, aos limites de velocidade. 
Não curto. 
Prefiro os limites seguros das placas de trânsito.
E a correria do dia a dia? Carambis. Acordo correndo, corro para o trabalho (respeitando os limites de velocidade, claro), voo no trabalho, apresso-me no almoço, mais velocidade, afazeres, sento e lembro-me que existo e preciso parar um pouco. Só um pouco. Respiro.
Lamento essa insanidade atual. Alguém ligou nosso rabo no duzentos e vinte e não conseguimos desconectar. Tempo para: isso, aquilo e outra coisa. Parece que não temos. E realmente afirmamos que não . Ah, quando poderia ler um livro, fazer exercício, tomar umas com os amigos, visitar parentes, viajar, cuidar mais da minha saúde, comer bem, quando quando? Não tenho tempo, definitivamente não tenho.
E não temos mesmo? PQP.
TEMOS. Já assistiu a um jogo de basquete? Então assista. Jogo faltando dois minutos. 20 pontos de vantagem para o adversário. Oxi. Partida ganha. Errado. 2 minutos são uma vida. Ainda mais no basquete em que o cronômetro para nas faltas, quando a bola sai, nos pedidos de tempos etc.
Ah, mas na vida o tempo não para. É diferente. Errado, de novo. Na vida há muito mais tempo. E você quem comanda ele.
Desacelere, meu caro. E verá como o tempo durará o quanto você quiser. Ao invés de duas caminhadas no quarteirão, dê três. Coma uma uva a mais. Leia uma página extra do gibi. Fique mais cinco minutos com o seu amigo no fim de tarde. Prolongue sua vida.
E o trabalho, poxa? O trabalho é que me mata. Não. Precisamos dele. E muito. Concilie sua vida a ele. Como? Saiba que a velocidade é a mesma para seu café e para a enxada, para o computador, para o bambolê. Assim, não deixamos de viver ao trabalhar. Pelo contrário. Curta sua atividade profissional. Cante, assobie, respire e prolongue a vida. O trabalho é inafastável. E sempre será parte da vida.
Enfim, respeite os limites de velocidade, mané. Senão, bem, senão é não. Não para todo o resto. Pois, quem gosta de bosta é bosta.