31.7.13

Palavras.

De manhã acordo manias de índios americanos do Leste Europeu.
De noite durmo subterfúgios macabros de um garoto que não foi.
A tarde se espreme entre eles.

30.7.13

Um montão de capítulos (X. Positivo, XI. Chamado do papel, XII. Mais, e XIII. Se vira.)



X. Positivo.

E, aquele dia, aqueles dias em que tudo parecia errado, passou, passaram. Véspera de Carnaval, do fim de semana de Carnaval. Sexta-feira, enfim. Que seja um belo dia! Será!
Bem melhor, hein, Seu Nermo?! Não é mais fácil assim?! É! Negatividade pra quê?! Positividade, meu caro, positividade!!
E, ele foi se trocar para depois tomar café e, após, tomar o ônibus para trabalhar, laborar em São Paulo. Bora? Sì.

XI. Chamado do papel.

         Amanheceu azul cedinho marinho ar. Silêncio do mato. Galo cantando. Mais um dia a ser vivido, pois é. Bom dia, seu Galo. Bom dia, azul marinho. Bom dia Seu AR.

XII. Mais.

         Acordou. O dia. O Nermo. Sábado. Não trabalhava esse dia.
         Dia nublado em sua cidade de residência. Sim, pois a de trabalho era outra. Era a que morava antes de mudar para a atual, Jardimverderelva.
         Foi tomar café.

XIII. Se vira.
        
         Nermo naquele dia gritava com o tempo. Ah, Seu Tempo danado, disse.
        Trabalhava, viajava, dormia mal, penava por se acostumar à Jardimverderelva e seu clima hostil aos seus padrões.
         Nermo, então, sofria. Queria mudar, mas não sabia, entretanto, exatamente (nem, tampouco, vagamente), para onde e para fazer o que.
São muitos lugares que podemos ocupar. Tantos. Tantos.
O que diria seu amigo, bom e velho amigo, Dindó?
– Dindó, alô. Já olhando para o relógio para ver quanto lhe restara de horário de almoço (não que ele costumeiramente se ligasse em seguir rigorosamente o horário, mas, às vezes, seguia por um tempo, para, também, não avacalhar).
– Alôôô, faaala Don Nermo, como vai? Que conta, meu?
– Dindó, diga lá, quero mudar, mas não sei para onde, nem quando, nem como, nem para fazer o que, nem etc. Capisce?
– Buono. Fogo, hien?!
– É.
– Se vira. Falô?
– Bom conselho, hein, meu.
– Gostou né?! 
– Se virar.
– Se virar!!
– Pois quem fica parado é poste. Não é o que dizem?!
– E uns chineses já também devem ter dito que é caminhando que se acha o caminho. Certeza.
– Tá certo. Vou caminhar então.
– Isso.
– Tchau, loco Dindó.
– Até.

Nermo caminhou. Quem caminha ou com a sua, tanto faz, enfim, bora nessa. :-I               

25.7.13

Limites.



Todos nós possuímos limites. Isso é simples.
Esquecemos, porém, de delimitá-los claramente e isso causa enormes conflitos em nossos relacionamentos interpessoais. Quando o limite é ultrapassado – tarde demais – grosseria, desentendimento, transtorno.
Devemos sempre nos perguntar (baixinho) sobre nossas fronteiras. Até onde vale a pena ir? Quanto estou disposto a ceder, a sacrificar meus objetivos presentes e até mesmo minhas necessidades de descanso (sono, lazer, cuidado com a alimentação e o corpo).
Na vida pessoal, no trabalho e na intensidade da sociedade atual que nos incita a fazer isso ou aquilo (mesmo que quietinhos em casa, nesses dias frios), precisamos também parar. Parar mesmo. Silenciar, naturalmente imobilizar nosso corpo e deixar a mente agir (sozinha). Não estou falando de dormir, mas, sim, de meditar.
Só assim, com o tempo, encontraremos nossos limites, os entenderemos e, sabendo de sua importância e inafastabilidade, poderemos, conscientemente, estabelecê-los perante os outros e, claro, perante nós mesmos.
Porque se não impusermos limites, não chegaremos a lugar algum, pois chegar, etimologicamente, é o limite.

MCP

IX. Personagens.



Nermo, porém, tinha acesso a tantas informações. Muitas. E, como diria um namorido de sua prima: tanto dura um dia, tantas e quantas coisas podemos fazer nesse dia. Segundo ele: podemos fazer o que quisermos.
Lucélia, Dindó e Krispí. Eis a companhia de Nermo. Bem vindos, turma.
Lucélia, jovem. Dindó, mais velho. Krispí, entre os dois.
Amigos de Nermo. Desde há muito. O conhecem, o conservam, o guardam, o escutam.
Diga lá, Dindó.
Dindó disse: que zona de história hein, Nermo. Você já perdeu o rumo faz tempo, meu caro.
Nermo: pois é. Já estou pensando em algo como contos, como “Vidas Secas” do velho Graça. Que tal?
– Meu, pode ser. As ligações, veja lá, você pode criar depois, de qualquer maneira, com criatividade. Muito bem. Boa idéia.
– Sempre tenho boas idéias, haha.
– Sei.
– Krispí e Lucélia.
Lucélia: rock n’ Raul.
Krispí: quero continuar a ler.
– Bom, muito bom, meus amigos. Agradeço pela força. E, Pí, melhor comentário que o seu impossível, hahaha.
– Eu sei! Continua, meu amigo, continua que "te fa bene".
– Continuarei.

20.7.13

Enquanto.

Enquanto tivermos o sol a brilhar, haverá esperança.
Enquanto tivermos os pássaros a cantar, haverá esperança.
Enquanto tiver seu amor a me inspirar, haverá esperança.

Valeu, Vá.

19.7.13

Eu como ar.


  O ar tem cheiro.

  Estou em Governador Valadares, MG, e sinto cheiro, ao acordar, de Poços de Caldas. Boa Poços de hoje e de minha infância.

  O ar tem cor. Falo daqueles fins de tarde em que a magia da natureza é tão bela que o ar é laranja, se torna avermelhado e conseguimos flutuar.

  Bem, se o ar tem cheiro e cor, ah, também tem sabor.

  Sabe aquela expressão, né?! "você precisa experimentar novos ares".

  É para lá que eu vou. Logo.

  Nhac, Nhac, não vejo a hora.

14.7.13

Escrevo.



Escrevo. Não por isso ou por aquilo, mas porque escrevo. Neste blog de passarinhos ou em cadernos vários, escrevo. Em um domingo com sol e chuva ou em uma segunda-feira fria. Sobre a razão da minha motivação em escrever ou sobre a percepção da vida, digito.

Por isso, reflito. Pois, perceba – quem escreve pensa. Seja na cópia de um texto ou em sua criação, pensa, pondera, concentra e cresce.

Cresce em saber.

Que bom escrever. Mesmo sobre o escrever, mesmo que breve, mesmo que despretensiosamente.

Experimente. Escreva.

Escreva mais que seu nome. Escreva sobre o pássaro que você viu outro dia. Sobre a sua vizinha. A sua cidade. A sua vida.

Tenho certeza que gostará. São momentos de puro enfrentamento, deleite de respirar, de se saber vivo e pelo quê.

Depois me conte. Aqui mesmo, se quiser.


Um abraço, Pi.

11.7.13

Bom dia.



  BOM DIA àqueles que acreditam que hoje será um grande dia. Àqueles que não acreditam – não se trataram ainda por quê?
 
  E não se esqueçam do que vovó já dizia:

“Passarinho que anda com morcego acaba dormindo de ponta cabeça.”
“O combinado não sai/é caro.”

“Não há mal que perdure, não há dor que não se cure.”


“Passarinho que come pedra bem sabe o cú que tem.”
“Quem tem telhado de vidro não joga pedras no vizinho.”
“Quem semeia vento colhe tempestade.”




HOJE