Você tem direito a três desejos. E posso pedir qualquer coisa? Claro. Vixe. Preciso pensar bem. Tenho que usar os três? Ah, sim. É assim que funciona. Já fez isso antes, Seu Gênio? Só com o Aladim. Da história da Disney? Não conheço a original. É boa, bem melhor. E a verdadeira então. Bem, o que deseja? Ixe, já? Me dá um tempo? Uma hora para pensar. Tomo um café e vejo o pôr-do-sol que já vem vindo. Sim senhor, seus desejos são uma ordem. Que café bom, eita. Que belo horizonte. Que hora magnífica. Não imaginava que você tinha ficado todo esse tempo aprisionado de volta na lâmpada. Então ficou só uma semana de férias depois que o cara te libertou e voltaram com você pro confinamento. É meu posto. Vou indo. Opa, e meus desejos? Estão concedidos. Ah, não acredito. Mas. Pensou em algum outro? Não. Por isso, o café dura uma hora, o sol desce devagar e a rede faz massagem. Achei melhor nem falar nada. Pensei fossem amostras grátis. Já era. Puff. Foi embora.
Deus fez tudo perfeito. E ainda sob medida para você. Aceite. Qualquer mudança forçada está fora de cogitação. Nesse Natal relembre da mensagem cristã de bondade e fé. E que é importante oferecer, mas mais valioso providenciar o caminho. A sua trajetória. Os desejos da lâmpada são de areia fina, pobres. Enquanto o tempo é rocha inquebrável. Aproveite.
Pare um segundo. Reflita no momento e no que está planejando para amanhã. Bom? Pode ser melhor? É o que quer? Ainda, é o que precisa?
Do que valem desejos realizados se não pudemos apreciar a subida da montanha, sua brisa, pássaros e fendas desafiadoras? Prefira o caminho à medalha. Esta será mais leve.
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