9.9.15

Ira



A ira tem qualquer coisa de torta. Só pode ter. De relaxada, de tremida, de letra estranha. É dito que devemos evitar tomar decisões em momentos de raiva, profundo estresse, ira. Claro. Seriam ainda mais falhas.
Ficamos irados porque algo transpôs nosso limite em alguns tantos metros e barreiras. Aquele cara que adora espezinhar o colega, o vendedor que força a barra, o trânsito caótico de grandes cidades. Seja qual for o motivo entramos em curto circuito e pronto, ira.
Não. Contemos até dez. Uma, duas, dez vezes e meia e mais. Perceba que esses momentos são tão ínfimos na nossa vida. Não vale a pena nos irarmos com eles. E, com certeza, se eles se repetirem já serão outros. Nossa relação dita a grandiosidade e a superação das coisas e quanto mais experiência mais fácil tudo fica.
Assim, não vale a pena ceder à ira. Lembre-se de tantos desastres, tragédias que podem ser contatos em função de pessoas levadas até o seu limite e que não souberam serenar. Mortes, guerras, crimes vários por tão pouco. Você pode se conter. Não chute nem a porta, caro. Só ganhará uma bela dor no pé. Nem preciso escrever sobre levantar a mão contra alguém, certo?! Feche os olhos, respire, conte até um milhão. Até lá garanto que perderá a conta e própria ira se esvairá.
Abandone a ira do seu dia.



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