11.9.15

Avareza



É condenável. Os outros pecados também são, mas esse, especialmente, é mais. Deposito na avareza todo meu ódio pela exacerbada concentração de riqueza. Quando penso em exagero refiro-me à idolatria ao consumismo e ao desperdício impensado.
Gosto de usar a pasta de dente até doer os dedos de tanto apertar. Prefiro economizar água encanada, luz e outros bens tão importantes na vida atual. Fecho a torneira, apago a luz. Quem não tem essa consciência, para mim, está errado. Ouvirá minha manifestação de repulsa.
O avaro também precisa refletir na desorganização de suas economias e no uso de bens materiais supérfluos e, pior, falsamente ditos como melhores do que outros por ostentar determinada marca. A mídia, propaganda, programas de televisão do consumo (novelas, programas de auditório) levam ao sujeito a errada noção do ter. Defendem o adquirir para ser. Seja bem sucedido porque você tem o carro do ano, porque conseguiu comprar o último “ipod”, viajou para o destino do momento, come em determinada rede de lanchonetes. Ridículo.
Não digo que é errado consumir. Claro que não. Precisamos nos adequar ao sistema de onde estamos. Podemos contestar, porém não adianta vivermos à margem, como indivíduos alheios ao mundo real.
Só repudio o exagero. Você não precisa comprar roupa daquela ou dessa marca, não precisa ter o último modelo do produto necessário ao seu dia a dia. Seja moderado.
Compre produtos usados, como livros, móveis, carros etc. Reutilize a água, consuma mais alimentos naturais, use menos papel, aproveite mais a luz do dia, use menos seu automóvel, pratique exercício físico.
Prefira guardar dinheiro e usar parte dele para eventual emergência financeira e, pense nisso, para ajudar pessoas que ainda não conseguiram firmar sua vida prática (não só dinheiro ajuda, mas a moeda pode ser uma ponte sim).
Precisamos do dinheiro. Fique tranquilo com isso. Você pode até arranjar um modo de viver sem ele (sua nota e sua moeda nacional e as estrangeiras), mas sempre existirá uma moeda de troca, um preço para tudo, uma forma de cooperação e concentração de potencial desta.
É simples: como todos os outros pecados já narrados e sobre os que ainda escreverei o segredo é não exagerar. Equilíbrio.

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