Umas músicas antigas do
Raul Seixas, o rosto molhado, a vista do verde, morro, pela janela. A caneta, o
caderno a tremer. Daqueles momentos, enfim.
O espaço relativo entre
as pessoas. A liberdade duvidosa do dia. As letras, as músicas surpreendentes.
O torpor do momento. A vida cor-de-rosa. As dificuldades e as pausas. Os
momentos felizes. A busca de um caminho.
Nermo, no mais, passou
a somente isso: sem referências, regras, continuidade. Um livro? Estava mais
para o que sempre fizera, mantinha o espaço, a lousa branca, só. E,
continuava, ele, maravilhado com os traços novos de tinta. Sempre surpresas
instantâneas. Como gostava.
Dia ensolarado. “Eu sou a mosca que pintou para lhe abusar.” “Do seu quarto a zumbizar.”
Ótimo, pensou.
E, naquele dia, a tinta nem tanto fluía. Resolveu, então, parar. Como a Terra.
“Sabia que o patrão
também não tava lá.” Dá-lhe Raul! Toca Rauuul uuuu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ou: pi_cap@hotmail.com
Obrigado.