27.8.13

Sobre a escrita II.



Escrever dentro de um ônibus em movimento não é mole.
Antes, escrever não é moleza. Não.
Escrever é registrar. Para quem escreve e para o mundo, literalmente.
Perante a globalização, os satélites e a comunicação de massa, uma folha de papel escrita pode voar por aí rapidamente.
Mas não é só. Ao escrever adentramos em um lugar íntimo de nós mesmos. Confrontamo-nos, nos próprio confrontamos.
“O dia está belo.” Quanto há nessa simples afirmação.
Podemos imaginar que estamos bem, felizes e contemplamos a beleza. Ou que buscamos um pensamento positivo, confortador, esperançoso. Ainda, que estamos sendo irônicos ou mesmo lacônicos.
Todos esses pensamentos podem vir em nossa mente quando escrevemos “o dia está belo”. É inevitável, pois precisamos pensar para escrever algo. É indissociável. E, ao pensar, tomamos contato com nossa mente, conosco.
Escreva e verá. Descubra-se. Revele você a si mesmo. O autoconhecimento é bom. Difícil, mas bom.
Ele nos abre portas para irmos além. Aqui mesmo, na Terra.

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