Escrever. Escrever era
importante para Nermo. Necessidade. Visceral.
E naquele instante,
então, ele estava novamente em sua escrivaninha. Ouvia música e os sons da
manhã: pássaros, o distante som de veículos, o amanhecer.
O céu, pelo menos o
pedaço que via de sua janela, ainda por entre folhas de uma palmeira, estava
com tantos fragmentos de nuvens bastantes para ainda mais embelezá-lo. Era azul
bem claro e alaranjado no topo do morro. O laranja ia para lilás nas porções um pouco mais acima das árvores da montanha. Ah, o sol naquele dia
nascia das árvores do cerro.
Nermo, assim, gostou de
acordar nesse lugar e de escrever um pouco esse acordar. Havia escrito, afinal.
Isso também outra coisa que gostou. Simples. Profundo. Nermo. Único. Palavras.
Às vezes, era o que ele conseguia escrever. Palavras soltas. Que também marcam
o papel e naturalmente registram, absorvem, transmitem informações e
sentimentos – tranqüilizou-se o bom
Nermo que neste momento vamos conhecendo. Sempre.
Foi tomar café. Já era
hora. Foi.
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