15.5.16

capítulo II porquê?

Por que secreta? Melhor. O novo cria faíscas. O isolamento, de um jeito ou outro, pouco durará. E o silêncio traz chuva.
Sentirão saudades. Alguns sucumbirão. Sim. Vamos tentar? Eu divulgarei de forma discreta. Poucas pessoas. Alcançado o mínimo mais um iniciaremos a captação dos recursos. Sinto que dará certo.
Quanto tempo até a mudança definitiva? Dependerá dos escolhidos. Estabeleçamos o máximo de dois anos. Ok. Tem tudo para dar errado. Um rompimento com a sociedade é algo bastante radical. Cidadão mínimo. Ou será possível um distanciamento oficial, reconhecido? Conseguiremos em pouco tempo. Serviços pela natureza e vizinhança. Governo geral já era. Nosso país está quebrado.
Sei não. Podemos ser dizimados. Presos. Mais do que já vivemos hoje? Cara, fique à vontade. Se preciso vou sozinho.
Ok, ok. Me convenceu. Não vejo futuro. Vamos tentar. Tenho um amigo que topará, certeza. Tenho três. Famílias? Também. Mais difícil, mas se quiserem pode.
Que mais? Mudança, caro. Mudança. E as circunstâncias serão as melhores. As adequadas -, para o que precisamos. Acredito nisso. E não tem como dar errado. Já deu certo. Não existe tentativa.
Manhã. Temperatura baixa, sol brando. A caminhada acompanhava a sombra variável dos pinheiros. Terra. Estrada bem pisada. Acharam o local. A matrícula indicava as mesmas medidas e pontos de demarcação. Molharam os rostos na água corrente. Gelada o suficiente para acordar os ânimos. Beberam. Sonharam.
A mensagem era boa, lógico. Governo novo, próprias regras, ar puro, recomeço. Um punhado de aventureiros e aventuteiras e tudo estava pronto. Os dois anos ficaram em intensos onze meses e dezessete dias. Dois carros grandes utilitários. Só até a autosuficiência. Partiram. Estavam muito felizes. Todos. E sóbrios. Quase todos.

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