Há. Que dia da maldade o que?! Enganei vocês, rs. Hoje é dia do amor, como sempre. Sou um cara do bem. E para celebrar segue um texto meu publicado em junho do ano passado (mês do amor) no Jornal de Valinhos.
CRISE
Econômica. Passada. Diz o
governo que o país se recupera no segundo semestre. Mês que vem. Quero escrever
sobre outra crise. A do amor.
Fora o de família, de
amigos, de atividades, existe outro tipo de amar. Aquele mesmo citado por
Machado de Assis quando disse: “a coisa mais triste do mundo é um ninho vazio.”
O amor do casal.
Sabia que um par de araras
não se desfaz? Ficam juntas pela vida. Não há, no entanto, esse sistema natural
(de proteção, de evolução da espécie?) em todos os seres humanos.
A sociedade vive, já por
alguns anos com mais frequência e intensidade, a cultura do “ficar”, “pegar” e logo
descartar.
Os jovens e por que não
também muitos “adultos” seguem o inverso daquela música de bossa nova que
valoriza o ‘menos que vale mais’. Para eles o mais sempre vale mais. Será?
Cara legal, boa pinta sai
para conhecer novas “peguetes” (relação curta de horas ou poucos dias – não
necessariamente consecutivos). Se puder ficará com mais de uma – tanto melhor.
Voltará para casa orgulhoso pelas satisfações físicas momentâneas. Com o
telefone ou mesmo sem qualquer contato da (s) garota (s) que pegou.
O inverso acredite, também
ocorre, Nessa onda, ainda com muitos preconceitos (elas piranhas, “piriguetes”,
eles garanhões, pegadores), as jovens não estão de fora.
Em que lugar, contudo,
isso leva as pessoas? Exponho minha opinião. Mágoas, abruptas separações sem
ela ou ele entenderem o que está acontecendo, saudades.
Conhecer uma pessoa é algo
tão significativo. Somos pequenas infinitas partículas do universo. Ainda mais
importante é ter intimamente com alguém – pelas vias de fato carnais. Não é
brincadeira. Sou contra essa “pegação”
toda.
E olha que pela Lei
brasileira ainda sou jovem. Vinte e nove anos. Já presenciei, vivi, escolhi meu
caminho nesses hábitos de amor contemporâneo.
Claro que se quiser
‘ficar’ com alguém fique. Ficar não é errado. Precisamos mesmo experimentar,
conhecer a pessoa que pode ser nossa esposa, marido (o casamento dá assunto
para outra coluna – risos). O que importa, porém, é a continuidade, o
respeito dessa relação. Mais não é mais. Confie que menos, nesse quesito, é
mais. (Meu pai costumava dizer que quando o sujeito deixar de contar quantos
relacionamentos teve e relaxar, aí sim ficará bem consigo.)
Procure qualidade, alguém
que te faça feliz, apesar das diferenças, e não quantidade. Essa farra que gera
tantos tristes desencontros, violências, ignorâncias deve acabar.
Mais: a tão idolatrada
liberdade é muito mais sentimento, consciência do que aparências, conceitos.
Como diz um amigo meu: “liberdade é acreditar”.
Hoje é dia de namorar.
Viva o amor, abaixo a pegação. (Sou casado. Meu filho é esperado para nascer no
mês que vem.)