Um tempo bom que não volta nunca mais, diz a música.
A lembrança é curva. Não há recordação suficiente. Dias inteiros são solenemente esquecidos. Um recorte ou outro permanece. Uma pessoa, um lugar, uma comida. A visão é de sonho, filme de outros olhos.
Serei outro? Parece. Mudei. Como se tivesse escolhido outra condução.
Em parte é isso mesmo, afinal. Os dias passam, voando, e aquele marco, quando muito, desbotou uma foto, uma página, uma filmagem.
Como se não tivesse vivido aquela memória distante. As lembranças se distraem com outros acontecimentos e ficam turvas, opacas, morrem.
Triste? Tanto se vive agora, por elas. Tudo em ordem, com certeza. Não precisamos lembrar o cardápio de ontem, pelo contrário.
Viva o hoje.
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