1.9.14

Suspensão.

Já pensou que às vezes a vida parece suspensa?
Domingos sem compromissos, sem cansaço e sem cinema são assim. Tudo suspenso, até mesmo a vida.
Segunda-feira. Semana. Outro domingo. Mês. Ano.
Estabeleço uma meta. Agora sim, agora sossego. A meta é conquistada, escolho outra. Conquisto.
Gostaria que o tempo não fosse tão incômodo.
As horas, os minutos e até os segundos conversam comigo. Faça isso, aquilo, agora. Não perca tempo. A vida é curta.
A vida é curta. Essa é boa, essa é boa.
A existência cobra. Talvez essa seja melhor.
E cobra mesmo: arrependimentos, frustrações, derrotas.
(Também recompensa: alegrias, vitórias. Mas não conte para ninguém – positividade não dá ibope.)
E a suspensão, a perceptível suspensão?!
Repare. E repare na tensão. Infinitos estímulos, previsões, sensações, pessoas. Confusões de caminhos, de escolhas, de oportunidades. Como se estivéssemos sempre à espera. À espera de que?!
Se não centrarmos no nosso ideal e confiarmos em nós mesmos, catapéin, já era. Desespero, aflição, dúvidas.
Então, concentre-se. Atenção. Não suspenda isso. As outras coisas sim. Afinal, é só fantasia sua (e minha) – a vida é contínua.

Viva. O resto virá, você queira ou não. 

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