Passe tempo, passe, faça o
que você sabe fazer. Pois, eu faço, por conseguinte, o que me cabe, corro atrás
de você. Sempre à frente, assim, tu vais. Oh tempo tu voas, tu passas muito é
rápido, muito é depressa. Que tanta pressa é essa? Desacelera meu caro. Dê
tempo ao tempo. Hehe, tempo seu grande camarada misterioso. Me contas vai. Me
contas como te driblar. Como que harmonizar contigo. Como que de bem comigo. Oh
tempo seu egoísta. Tu escolhes o que queres e assim é que é. Diteis o que vos
bem entendeis que então de bem devereis por fim aconteceis. O Seu Tempo
crescido já velho tempo. Sereis único? Tereis semelhantes? O que pensas dos
relógios? Estes senhores de infinitos servos, súditos, escravos, dependentes,
submissos e eternos racionais. Quem te crias? De onde surges? Por onde vão seus
domínios? Oh tempo, oh semelhança reflexa do dia e da noite e da noite de outro
dia que por entre tardes faz semanas que meses por anos que décadas, séculos,
milênios, tempos, eras, tempo. Velhos e novos tempos. Então sereis vários?
Diferes de hoje o que foi ontem? Dizeis que amanhã um novo dia? Ontem já
passou, hoje que venha. Tudo passa? Tudo vem. Tudo mudas. Mudas crescem. Tempo,
oh meu caro Tempo. Tanto que escrevo no tempo que tenho para tanto. Mas, que
tempo que nada que tenho não passa do tempo que tenho para algo, pois que passa
que logo acaba e tenho que novo tempo para que venha outro tempo para que passe
em outra coisa. Então que tempo que é esse que tenho se que passa e que tempo
outro vem e que passará como que sempre passa e de novo que novo virá e
passará? Tempo nenhum então tenho pois que se fosse meu meu seria mas se passa
e nada há que tenho que possa eu tentar ter meu tempo então nada e nada como eu
pode nadar para enfim tentar alcançar propriedade além do que se tem a nado.
Tempo então, oh tempo então então corras faças o que é que tenhas que te fazer.
Eu, meu caro Tempo, farei que há de fazer, pois o que qualquer que eu faça,
tempo me resta e se me resta faço.
Sobre o autor: Piero de Manincor Capestrani é advogado. Também é pai, filho, neto, sobrinho, tio, irmão, do Espírito Santo, amém. Adora escrever e ler. Não conseguirá ler todos os livros, mas continuará tentando. Sobre o blog: Escrita MCP nasceu em maio de 2013. Forma natural do transbordo da escrita. O papel se sente tão solitário na gaveta. Pede mais. Não há só literatura, nem só Direito, nem só desenhos, fotos, vídeos. Nada só. Tudo sobra.
Tome tento rapaz! Que você fez foi tomar meu tempo... rs...
ResponderExcluirAdorei mano velho!
Hehe. Você não lembra (ou lembra?) mas li esse texto para você e os veio em uma viagem que fizemos para o Sul. Mesa do jantar de um hotel super legal por lá. Achei fantástico quando criei ele, tipo uma superação minha. Vocês também gostaram, pelos menos disseram que sim. Abração mermão
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