21.8.14

A caneta

A caneta esconde o verbo.
Da página vazia sempre em fogueira,
Lembranças novas daquilo que ainda não foi.

Quem escreve sua.
Exala álcool por detrás de tapume branco e preto.
É o próprio servente para assuntos diversos.

Se escreve a si, duvida dos outros.
Se aos outros, dele.
A palavra, uma só, é meteoro.

Resta ela (a caneta).
Porta para tanto,
Chinelo do Seu Gravata.


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