E Nermo? Nermo não tem
ansiedade. Para quê? Sua história corre como a vida, com a vida, pronto.
Assim, Nermo deseja boa
noite a você, leitor noturno, enquanto folheia (quem sabe um dia) ou rola o
mouse ou clica a tecla ou deda a tela, tanto faz, embora ele ainda preferisse
mesmo o papel.
Nosso personagem não
escreve todos os dias, mas lê, há muito tempo, quase diuturnamente. Espera
inspirar certas ideias além de pó de certos alfarrábios ou aproveitar a
experiência calma de frases amontoadas em páginas de pessoas com pressa.
E por aí vai e por aí
foi e por aqui chegamos. Ora, pois. No encantador mundo da tinta desenhista ele
encontra seu prazer, sua paz, sua ambição. Até hoje.
Não se importa muito
com a forma, que é sempre transformável, como ora se transforma, deforma e, não
menos ou mais, forma.
Suas palavras ardem em
seu papel. Deles, dele.
Coragem. Ação. Faça,
depois conte que fez.
Que seja. Refaça.
Enfim, lembrando do
grande Raulzito: “tente outra vez.”
De vez em vez ele
volta, voltamos, criamos, escrevemos e que bom. Ele, eu. O personagem, sua
atuação e seu ventríloquo.
Siga em frente, Nermo.
Da próxima, até, quem sabe,
boto você para trabalhar. Escrever um pouco, correr, estudar, dar aulas, ler
processos, falar com o juiz. Quem sabe.
Até mais ver, meu caro.
Agora durmo, porque não sou de tinta. Não essa tinta, pelo menos. Não grudo ou
firmo no papel. Escorro por entre as linhas, transponho os limites do caderno,
pulo da mesa e corro para o quintal. Subo o morro, olho as estrelas e imagino e
realizo meus sonhos. Por isso, preciso dormir um pouco. Registro “Nermo” nas
pautas, guardo a caneta, fecho o caderno e durmo com os anjinhos. Graças a
Deus. Fui. Boa noite, leitor querido. Vá dormir também, vá. Tchau.
Valeu, Vááá. Eu também, rs.
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