6.10.13

XXIII. Pensar horizontalmente.



“Nermo, meu caro.” Continuava a mensagem. “O trabalho que vivemos nem sempre nos apetece por uma razão muito simples e básica que, porém, nos é tão difícil notar: o nosso labor diário não é e nem será (nada é) definitivo. Nisso reside o nosso lamento: no agora, no sentir limitado, na ausência da visão horizontal. Não. Mude. Reflita. Aja. Busque, não lamente. O trabalho que desempenhamos só reflete um pequeno trajeto de nossas vidas, não nos deve significar permanência, resignação, desesperança.”
“Então, Nermo, reflita sob o aspecto apresentado. Ele trará a resposta a sua pergunta.”
Era essa a mensagem.
Novamente cansado, pois já era tarde e o feriado havia acabado, ele foi descansar. Acordaria bem cedo para trabalhar. Não no trabalho que considerava ideal para a sua vida, pensou. Mas, refletiu, no que lhe proporcionaria continuidade, lhe revestiria de recursos (como a autodeterminação) para a sua busca.
Pensou, Nermo, horizontalmente.

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