6.10.13

XXIV. A ordem das letras se distrai, a palavra se satisfaz.



Manhã zinha de inverno. Sem cartas/mensagens para o nosso herói.
Que belo contraste ele via pela sua janela. Silhueta da montanha com o raiar do dia. Árvores, construções, algumas luzes ainda contrastando, negras e amarelinhas, com o amarelo desbotado que ia se azulando ao que o céu subia subia. E se se olhasse mais lá no alto: a lua crescente.
Que belo o comecinho do dia. Friozinho de Jardimverderelva, ah, sim. Havia pedalado ontem e sentira o frio da cidade. Noite fria. Fria para dormir e para acordar. Mole não.
Estava contente, Seu Nermo. Havia começado a publicar textos de sua autoria em rede eletrônica, a chamada internet.
Ele sabia que podia, por certo, melhorar, estudar muito mais ainda, mas tinha consciência que possuía certa inspiração e correção e estilo e técnica de escrita. Afinal, como dizem, filho de peixe peixinho é. Além disso, andava lendo e já lera muito. Gostava muito de ler. Ultimamente, lia quase tudo que aparecia na sua frente.
Por aquela hora bastava. Nermo precisava morder algo para, mais tranqüilo, ler no caminho para o trabalho. Contavam com ele hoje.
Estava lendo a Regra, de São Bento. Estava gostando. Nermo ou Norme, como for, rs. A ordem das letras se distrai, a palavra se satisfaz.
Bom dia, Sartosí.

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