O ruído dos automóveis?
Do galo?
O ritmo biológico do
seu corpo?
A claridade do dia?
O despertador?
A sua mãe?
A fome?
Tudo isso e a vontade
de vencer o campeonato?
A ansiedade pela prova
de química?
A vida, ora, o que mais
seria?
Não.
O ritmo langoroso do
tango nos dá a pista. Já ouviu Astor Piazzolla? Ouça: https://youtu.be/QCwvnyh03Ss (se puder, escute também as outras faixas desse disco, Libertango)
Há algo no som do
bandeneón de Piazzolla. Não são apenas notas musicais preguiçosas e longas,
longas.
Entre a hora de dormir
e acordar e a de acordar e dormir e até a de dormir para todo sempre (ressalvadas
as opiniões contrárias), vivemos.
O ato de acordar pela
manhã é universalmente praticado por diversas espécies vivas, que não só o
homem.
Necessidades biológicas,
ansiedades, desejos, podem ser as primeiras nuanças dessa atividade cotidiana.
Mas, não são o que a movem.
Você, eu, o animal de
estimação, a planta, levantam porque somos parte de uma partitura de música
sincopada. Lá e cá são embaralhados os sons e substituídos os ritmos.
Resultado: você precisa acordar.
Se você não acordar
(ser vivo), seu companheiro do lado também não acordará, nem aquele do
quarteirão de baixo e assim por diante.
Acredito na conjuntura.
Ela, que há incontáveis momentos pretéritos, nos trouxe até aqui por certos motivos.
Um deles é acordar.
Por isso, veja se
acorda. Afinal, como dizem (repito: salvo idéias diversas), quando morrer você
terá toda a eternidade para dormir.
Aquele abraço.
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