Escrever exige. Pede
tantas coisas: caneta, papel ou energia elétrica, teclado, tela ou giz, lousa
ou lápis, parede, mesa ou agulha, pele (ai) ou diversos outros meios. E, um
intento, uma motivação. E, de preferência, o estático.
Depois de certo tempo,
porém, a gente, senão o jeito, pega algum parente legal dele. Cria hábitos,
gostos, segurança e as palavras fluem. Achava que elas vinham de repente, mas
escritor de muitas letras advertiu que não: vêm porque às buscamos – com insistência.
Essa tal inspiração,
afinal, como o físico Einstein já afirmou, seria então tão pouco diante dos 99%
de transpiração. Concordo, hoje. Quanto já suei (literalmente) para expor
idéias no papel ou na máquina.
Lembro de uma semana no
escritório com o ar-condicionado sem funcionar. Por coincidência (ou não),
foi a semana mais quente do ano. Tipo: insuportável. Suei, ah, suei. De
colar a camisa na cadeira (risos).
Novos espaços, novas
preocupações estéticas e criativas. A escrita evoluiu.
Como buscamos tudo o
tempo todo (sim, senhor) – dá-lhe ansiedade humana – senti necessidade de
espaços portáteis. Bem retrata o caderninho que trago e deito as presentes letras
unidas, que irão para o teclado, para a tela, e outra e outra, “ad aeternum”.
Que bom. Evolua mais, dona Escrita, sempre. Continue a difundir, “ad infinitum”,
pensamentos, realidades, amores, arte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ou: pi_cap@hotmail.com
Obrigado.