Naquele dia, pela
tarde, bem tardizinha, Nermo recebeu uma carta.
Estava em seu jardim,
abriu a casinha das cartas e lá estava ela.
Era simples. Fina.
Destinatário, endereço. Não havia remetente.
Abriu. Uma página,
apenas. Dizia, em letras de forma bem escritas: pergunte. Só isso.
Nermo acreditava. “Quem
é você?”, escreveu. Fechou o envelope. Fechou a portinha. Foi-se.
No dia seguinte, logo
quando acordou, o envelope estava sob a mesa.
Quem, como o teriam
colocado ali? Não foi em busca dessa resposta. Estava interessado em uma e só
uma.
Abriu o envelope. A mesma folha. Com sua
pergunta escrita e, opa, uma resposta. Oito palavras. “Sou Neroy. Aquele que
responderá suas perguntas.”
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