Sobre o autor: Piero de Manincor Capestrani é advogado. Também é pai, filho, neto, sobrinho, tio, irmão, do Espírito Santo, amém. Adora escrever e ler. Não conseguirá ler todos os livros, mas continuará tentando. Sobre o blog: Escrita MCP nasceu em maio de 2013. Forma natural do transbordo da escrita. O papel se sente tão solitário na gaveta. Pede mais. Não há só literatura, nem só Direito, nem só desenhos, fotos, vídeos. Nada só. Tudo sobra.
31.7.13
30.7.13
Um montão de capítulos (X. Positivo, XI. Chamado do papel, XII. Mais, e XIII. Se vira.)
X. Positivo.
E, aquele dia, aqueles
dias em que tudo parecia errado, passou, passaram. Véspera de Carnaval, do fim
de semana de Carnaval. Sexta-feira, enfim. Que seja um belo dia! Será!
Bem melhor, hein, Seu
Nermo?! Não é mais fácil assim?! É! Negatividade pra quê?! Positividade, meu
caro, positividade!!
E, ele foi se trocar para
depois tomar café e, após, tomar o ônibus para trabalhar, laborar em São Paulo.
Bora? Sì.
XI. Chamado do papel.
Amanheceu azul cedinho
marinho ar. Silêncio do mato. Galo cantando. Mais um dia a ser vivido, pois é.
Bom dia, seu Galo. Bom dia, azul marinho. Bom dia Seu AR.
XII. Mais.
Acordou. O dia. O
Nermo. Sábado. Não trabalhava esse dia.
Dia
nublado em sua cidade de residência. Sim, pois a de trabalho era outra. Era a
que morava antes de mudar para a atual, Jardimverderelva.
Foi
tomar café.
XIII. Se vira.
Nermo naquele dia
gritava com o tempo. Ah, Seu Tempo danado, disse.
Trabalhava,
viajava, dormia mal, penava por se acostumar à Jardimverderelva e seu clima hostil
aos seus padrões.
Nermo,
então, sofria. Queria mudar, mas não sabia, entretanto, exatamente (nem,
tampouco, vagamente), para onde e para fazer o que.
São muitos lugares que
podemos ocupar. Tantos. Tantos.
O que diria seu amigo,
bom e velho amigo, Dindó?
– Dindó, alô. Já
olhando para o relógio para ver quanto lhe restara de horário de almoço (não
que ele costumeiramente se ligasse em seguir rigorosamente o horário, mas, às
vezes, seguia por um tempo, para, também, não avacalhar).
– Alôôô, faaala Don
Nermo, como vai? Que conta, meu?
– Dindó, diga lá, quero
mudar, mas não sei para onde, nem quando, nem como, nem para fazer o que, nem
etc. Capisce?
– Buono. Fogo, hien?!
– É.
– Se vira.
Falô?
– Bom conselho, hein,
meu.
– Gostou né?!
– Se virar.
– Se virar!!
– Pois quem fica parado
é poste. Não é o que dizem?!
– E uns chineses já
também devem ter dito que é caminhando que se acha o caminho. Certeza.
– Tá certo. Vou
caminhar então.
– Isso.
– Tchau, loco Dindó.
– Até.
Nermo caminhou. Quem
caminha ou com a sua, tanto faz, enfim, bora nessa. :-I
25.7.13
Limites.
Todos nós possuímos limites. Isso é simples.
Esquecemos, porém, de delimitá-los claramente e isso causa enormes
conflitos em nossos relacionamentos interpessoais. Quando o limite é
ultrapassado – tarde demais – grosseria, desentendimento, transtorno.
Devemos sempre nos perguntar (baixinho) sobre nossas
fronteiras. Até onde vale a pena ir? Quanto estou disposto a ceder, a
sacrificar meus objetivos presentes e até mesmo minhas necessidades de descanso
(sono, lazer, cuidado com a alimentação e o corpo).
Na vida pessoal, no trabalho e na intensidade da sociedade
atual que nos incita a fazer isso ou aquilo (mesmo que quietinhos em casa,
nesses dias frios), precisamos também parar. Parar mesmo. Silenciar,
naturalmente imobilizar nosso corpo e deixar a mente agir (sozinha). Não estou
falando de dormir, mas, sim, de meditar.
Só assim, com o tempo, encontraremos nossos limites, os
entenderemos e, sabendo de sua importância e inafastabilidade, poderemos,
conscientemente, estabelecê-los perante os outros e, claro, perante nós mesmos.
Porque se não impusermos limites, não chegaremos a lugar
algum, pois chegar, etimologicamente, é o limite.
MCP
IX. Personagens.
Nermo, porém, tinha
acesso a tantas informações. Muitas. E, como diria um namorido de sua prima:
tanto dura um dia, tantas e quantas coisas podemos fazer nesse dia. Segundo
ele: podemos fazer o que quisermos.
Lucélia, Dindó e
Krispí. Eis a companhia de Nermo. Bem vindos, turma.
Lucélia, jovem. Dindó,
mais velho. Krispí, entre os dois.
Amigos de Nermo. Desde
há muito. O conhecem, o conservam, o guardam, o escutam.
Diga lá, Dindó.
Dindó disse: que zona
de história hein, Nermo. Você já perdeu o rumo faz tempo, meu caro.
Nermo: pois é. Já estou
pensando em algo como contos, como “Vidas Secas” do velho Graça. Que tal?
– Meu, pode ser. As
ligações, veja lá, você pode criar depois, de qualquer maneira, com
criatividade. Muito bem. Boa idéia.
– Sempre tenho boas
idéias, haha.
– Sei.
– Krispí e Lucélia.
Lucélia: rock n’ Raul.
Krispí: quero continuar
a ler.
– Bom, muito bom, meus
amigos. Agradeço pela força. E, Pí, melhor comentário que o seu impossível,
hahaha.
– Eu sei! Continua, meu amigo, continua que "te fa bene".
– Continuarei.
20.7.13
Enquanto.
Enquanto tivermos o sol a brilhar, haverá esperança.
Enquanto tivermos os pássaros a cantar, haverá esperança.
Enquanto tiver seu amor a me inspirar, haverá esperança.
Valeu, Vá.
Enquanto tivermos os pássaros a cantar, haverá esperança.
Enquanto tiver seu amor a me inspirar, haverá esperança.
Valeu, Vá.
19.7.13
Eu como ar.
O ar tem cheiro.
Estou em Governador Valadares, MG, e sinto cheiro, ao acordar, de Poços de Caldas. Boa Poços de hoje e de minha infância.
O ar tem cor. Falo daqueles fins de tarde em que a magia da natureza é tão bela que o ar é laranja, se torna avermelhado e conseguimos flutuar.
Bem, se o ar tem cheiro e cor, ah, também tem sabor.
Sabe aquela expressão, né?! "você precisa experimentar novos ares".
É para lá que eu vou. Logo.
Nhac, Nhac, não vejo a hora.
14.7.13
Escrevo.
Escrevo. Não por isso ou por aquilo, mas porque escrevo.
Neste blog de passarinhos ou em cadernos vários, escrevo. Em um domingo com sol
e chuva ou em uma segunda-feira fria. Sobre a razão da minha motivação em
escrever ou sobre a percepção da vida, digito.
Por isso, reflito. Pois, perceba – quem escreve pensa. Seja na
cópia de um texto ou em sua criação, pensa, pondera, concentra e cresce.
Cresce em saber.
Que bom escrever. Mesmo sobre o escrever, mesmo que breve,
mesmo que despretensiosamente.
Experimente. Escreva.
Escreva mais que seu nome. Escreva sobre o pássaro que você
viu outro dia. Sobre a sua vizinha. A sua cidade. A sua vida.
Tenho certeza que gostará. São momentos de puro
enfrentamento, deleite de respirar, de se saber vivo e pelo quê.
Depois me conte. Aqui mesmo, se quiser.
Um abraço, Pi.
11.7.13
Bom dia.
BOM DIA àqueles que acreditam que hoje será
um grande dia. Àqueles que não acreditam – não se trataram ainda por quê?
E não se esqueçam do que vovó já dizia:
“Passarinho que anda
com morcego acaba dormindo de ponta cabeça.”
“O combinado não sai/é caro.”
“Não há mal que
perdure, não há dor que não se cure.”
“Passarinho que come
pedra bem sabe o cú que tem.”
“Quem tem telhado de
vidro não joga pedras no vizinho.”
“Quem semeia vento
colhe tempestade.”
HOJE |
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