27.5.17

Resenha: O dedo do diabo, K. Stalden

Conrado Amstalden, sob o pseudônimo de K. Stalden, escreveu uma bela história de humor popular. Sim, a temática é em geral alegre e positiva, e os personagens e seu ambiente lembram contos do dia a dia. Difícil interromper a leitura. Os acontecimentos são bem encadeados e a escrita flui com vigor.
O autor, que tenho o prazer de conhecer pessoalmente, é pessoa culta com afinado senso de humor. Tem ele certa fraqueza para a temática sensual feminina. Assim, a obra é fruto dessa boa mistura: humor, inteligência e putaria, digo, sensualidade (desculpem o ato falho - risos).
Nossa sociedade predominantemente católica, embora os evangélicos e espíritas cresçam a cada ano em número e relevância, defende diversos preceitos morais, como o pudor sexual, a monogamia, a fidelidade, a honestidade, a família, a abominação ao diabo, a honra pessoal e social. A ameaça da quebra desses paradigmas, mesmo que apenas nas páginas cruas de um livro, é envolvente, claro. Pelo simples motivo de que ninguém é cem por cento “algo”, sendo que dentre esses há alguns mais ou menos enrustidos.
Ateus, tarados, prostitutas, mulheres recatadas, homossexuais, o tal bem dotado, batinas pesadas. Nada que uma lua cheia não resolva.

Super indico a leitura. Afinal, nós brasileiros estamos precisando de um pouco de sadio humor ultimamente, não é?!   


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