Conrado
Amstalden, sob o pseudônimo de K. Stalden, escreveu uma bela história de humor
popular. Sim, a temática é em geral alegre e positiva, e os personagens e seu
ambiente lembram contos do dia a dia. Difícil interromper a leitura. Os
acontecimentos são bem encadeados e a escrita flui com vigor.
O
autor, que tenho o prazer de conhecer pessoalmente, é pessoa culta com afinado
senso de humor. Tem ele certa fraqueza para a temática sensual feminina. Assim,
a obra é fruto dessa boa mistura: humor, inteligência e putaria, digo,
sensualidade (desculpem o ato falho - risos).
Nossa
sociedade predominantemente católica, embora os evangélicos e espíritas cresçam
a cada ano em número e relevância, defende diversos preceitos morais, como o
pudor sexual, a monogamia, a fidelidade, a honestidade, a família, a abominação
ao diabo, a honra pessoal e social. A ameaça da quebra desses paradigmas, mesmo
que apenas nas páginas cruas de um livro, é envolvente, claro. Pelo simples
motivo de que ninguém é cem por cento “algo”, sendo que dentre esses há alguns
mais ou menos enrustidos.
Ateus,
tarados, prostitutas, mulheres recatadas, homossexuais, o tal bem dotado, batinas
pesadas. Nada que uma lua cheia não resolva.
Super
indico a leitura. Afinal, nós brasileiros estamos precisando de um pouco de
sadio humor ultimamente, não é?!