Decisões de fim de ano.
Fim de ano sempre o mesmo. João sentia
vontade de fazer um milhão de coisas. Vou naquele lugar, ligarei para fulano,
encontrarei beltrano. Escreverei tudo o que deixei de escrever durante os 355
dias anteriores.
Afinal, os últimos dez dias do ano não
tinham 24 horas para ele, mas 36. (Acontecimento não muito raro nessa época.) Nosso
amigo aproveitava. Andava mais vezes de bicicleta, corria umas voltas extras na
pista. Lia, passeava e descansava também.
E, claro, tomava suas decisões de fim de
ano. Ah, ano que vem exercício quatro vezes por semana, sem exceção. Acordar
cedo todos os dias, escrever com mais regularidade, aproveitar melhor o dia,
televisão na não.
O ano vindouro, como sempre, vinha. Já o
cumprimento das metas, bla bla bla. 28 de dezembro e ‘do ano que vem não passa’.
João, meu caro, o ano que vem não existe.
Quando ele chega, já passou. Se vem, não vem, não é, será. E ‘será’ não
alimenta, não tem energia. Amanhã, João, só Deus sabe.
Por isso, tire sua caneta de trás da
orelha. Anote bem os ingredientes da receita de ano novo:
o
uma xícara de vontade;
o
uma colher de sopa de coragem;
o
500ml de iniciativa, e
o
um puxão no lóbulo auricular.
Misture, dê uma chacoalhada e pronto, vá à
luta.
Muitas grandes ideias nasceram dessa
receita. Tente você também.
Entendido, João. É isso. Decidido está?
Então, comece agora, não deixe para o ano que vem. Insisto, ele não existe.
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