Caros. Fico muito feliz em publicar outro texto colaborativo. Minha amiga escritora Cacilda Franco Ribeiro nos brinda, com informação e humor, com essa bela reflexão sobre a natureza e nós, diante desta. Preservar. Sempre.
Pseudônimo:
ÂMBAR
Título:
Meio ambiente no terceiro milênio
Cada
ser humano deveria vir ao mundo com um manual de sobrevivência. Neste manual
teríamos como item número um: Como conservar o meio ambiente. Infelizmente, a
natureza não nos brindou com este presente. Vamos viajar na maionese, como se
diz. Já imaginaram? Tivéssemos asas para voar, fossemos como os peixes e
nadássemos na água como se vivêssemos nela, e um sensor para ninguém se
esbarrar. Combustível, pilhas, baterias, avião, navio, nada disso seria
necessário, concordam? Ninguém precisaria queimar as pestanas para descobri-los
ou inventá-los. A pergunta que não quer calar é: Somos os culpados disso?
A
população cresce, a natureza é cada vez mais agredida covardemente por aqueles
que mais precisam dela, ou seja, nós! O que é mais espantoso é que nunca se
falou tanto sobre o meio ambiente quanto agora, no terceiro milênio. Os meios
de comunicação nunca foram tão usados como no momento em que vivemos. Parece
que quanto mais se procura chamar a atenção para a agonia de nossa Terra, menos
o ser humano enxerga!
Vamos
reciclar mais, dar mais valor para o que já foi usado. Por que não valorizarmos
por termos nascido aqui? Deixemos o progresso vir naturalmente. Já estamos aqui
faz tempo, estamos sempre descobrindo ossadas de dinossauros cada vez mais
antigos. Eles caminharam aqui milhões de anos. Já pensaram no lixo que
enterramos? Deus nos acuda! É algo para ser estudado por cientistas e
milagreiros de plantão. Os poucos que se interessam e cumprem as leis
estabelecidas, se desanimam e não dão conta do recado. O volume de lixo que
enterramos, que fere as entranhas de nosso lindíssimo planeta, é assustadora.
Nem apelando para deuses, santos, anjos, ou sei lá o que de todos os povos e
gerações e costumes está surtindo efeito!
O
meio ambiente não é só o ar que respiramos. É também a casa que nos abriga, é o
chão que pisamos, o quintal do vizinho, o rio que passa por nossa cidade, o mar
que abraça cada lugar ou país, os oceanos encantadores e indecifráveis que
navegamos e consumimos seus derivados. Se nos preocuparmos só com o que
consumimos e não com o que descartamos,
logo nos tornaremos um lixão. Não teremos mais onde colar tanto plástico. É
fantástico! A Era do plástico! Digam, onde colaremos tanta pilha, tanta peça de
computador e descartes eletrônicos e atômicos?
Tudo
isso se transformou em uma faca de dois gumes. E agora, quem poderá ajudar este
planeta desprotegido pelos próprios pensantes habitantes? O Chapolin Colorado?
O Super-Homem? Até Deus duvida que possamos manter a Terra com vida. Povo da
Terra: Somos todos saídos do caldo cósmico que iniciou o ciclo de vida em nosso
planeta. Somos filhos das estrelas ou no mínimo irmãos. Segundo a ciência,
quando a matéria atingiu o estágio da consciência nos denominamos seres
humanos. Infelizmente, estamos agora no estágio do consumismo.
O
descarte do que não se consome pode acarretar na nossa própria destruição. Beco
sem saída? Quem sabe? A China já iniciou um gatilho contrário em relação ao
aumento da população. Se cada país iniciasse agora um programa semelhante e de
acordo com a legislação de cada um, não seria preciso conter o progresso, mas
cada um de nós poderia ter uma vida melhor. Nós temos que aprender a viver com
nossas próprias limitações. Nossa água é tão valiosa que em breve vai valer
mais que ouro ou pedras preciosas. Os países árabes sabem dar um valor
extraordinário a ela, pois não a possuem em quantidade suficiente. As árvores
não vivem sem água, e somos primos delas, vamos valorizar este ser absurdo que
é a água da qual não podemos abrir mão. Devemos cuidar um dos outros como se
dependesse a nossa própria vida.
Surgimos
de ácidos orgânicos e complexos, e, por incrível que pareça, continuamos tão
complexos como antes, segundo a ciência. A nossa ganância está adoecendo o
nosso planeta. Os índios da nossa magnífica Amazônia consomem o que produzem e
procuram não agredir a mãe natureza com supérfluos. É tanta a minha integração
com a natureza, que, certa vez, estando na sacada de minha casa, admirando um
bosque próximo, um lindo beija-flor azul cintilante com seu biquinho pequenino,
beijou-me na boca em um desses instantes que só o criador sabe explicar. Minha
emoção foi tanta, que não conseguia descer as escadas. Bem, até agora ouvimos a
voz de um único mundo, o nosso. Os outros só na teoria. E a prática não vale
mais do que a teoria? Nosso planeta é o único em nosso entender. E tudo que é
único, não se pode perder, não é?
Sou a autora desta crônica. Coloquei Ambar como pseudônimo!
ResponderExcluirPiero Capestrani publicou para me homenagear!