28.4.14

Amadurecimento.


Para os frutos, o ponto de colheita. Para nós, tornar-se adulto. Segundo recentes pesquisas, por volta dos 30 anos. Verbetes próximos: aprimoramento, aperfeiçoamento, experiente, vivido, refletido.
Pedro, com 28 anos, a 2 meses dos 29, achou boa ideia escrever sobre essa palavra grande, sonora e que, hoje, trás mais sentido do que antes.
Já ouviu: tome tento, se não mudar, bau bau – cresça. E disse: amadurecer? na não, amadurar, sinônimo de fim, queda do galho, apodrecer – quero não. Bom dicionário. Lembra-nos que frutos não somos nós, mas humanos, e sentido outro nos reserva o vocábulo. Porém, ainda jovem, lutas pelo ‘quero porque quero, caso contrário, buáááá’. Não.
Qual o final sentido, contudo? Talvez, além, devamos pensar no ‘refletido’. Sim, reflitamos e, como vividos (como não?), deixemos as birras no passado e respeitemos mais o vizinho, porque ele, como eu e você, somos nós. É aquela situação: estamos na estrada congestionada e muitos (os chamados ‘espertinhos’) passam a nossa frente pelo acostamento; muitos, adultos, já de velho. Que coisa, pensamos. Mais, entretanto: perde o ‘esperto’, eis que cria a razão três – nem parado, nem andando, qualquer coisa de confusão, fumacinhas nas cabeças e completa neblina. Ninguém ganha.
Amadureçamos.
Pedro, pensa, existe, logo crê que a não ser que amadureça, não há de crescer. Não crescer, uma vez que não é bom (quanto perderíamos?!), evita o maduro e, assim, vai de encontro ao homem – ser social.
Amadureçamos.

MCP


25.4.14

Cinco minutos.

Cinco minutos. Novamente, eu e vocês. Desafio, deleite, criatividade, abuso? Muito pouco, não. Treino, quem sabe?! Certo, acima de tudo (já interpretei uma música com esse nome), tempo. E, nele, já disse por aqui, tanto podemos. Aproveito, então, mais esses cinco minutos. Que já acabam, mas ainda não acabaram. Pensar que passariam muito mais rápido. E já terminei. Eles não.

11.4.14

Meio ambiente no terceiro milênio.

Caros. Fico muito feliz em publicar outro texto colaborativo. Minha amiga escritora Cacilda Franco Ribeiro nos brinda, com informação e humor, com essa bela reflexão sobre a natureza e nós, diante desta. Preservar. Sempre.   

Pseudônimo: ÂMBAR
Título: Meio ambiente no terceiro milênio

         Cada ser humano deveria vir ao mundo com um manual de sobrevivência. Neste manual teríamos como item número um: Como conservar o meio ambiente. Infelizmente, a natureza não nos brindou com este presente. Vamos viajar na maionese, como se diz. Já imaginaram? Tivéssemos asas para voar, fossemos como os peixes e nadássemos na água como se vivêssemos nela, e um sensor para ninguém se esbarrar. Combustível, pilhas, baterias, avião, navio, nada disso seria necessário, concordam? Ninguém precisaria queimar as pestanas para descobri-los ou inventá-los. A pergunta que não quer calar é: Somos os culpados disso?
        A população cresce, a natureza é cada vez mais agredida covardemente por aqueles que mais precisam dela, ou seja, nós! O que é mais espantoso é que nunca se falou tanto sobre o meio ambiente quanto agora, no terceiro milênio. Os meios de comunicação nunca foram tão usados como no momento em que vivemos. Parece que quanto mais se procura chamar a atenção para a agonia de nossa Terra, menos o ser humano enxerga!
            Vamos reciclar mais, dar mais valor para o que já foi usado. Por que não valorizarmos por termos nascido aqui? Deixemos o progresso vir naturalmente. Já estamos aqui faz tempo, estamos sempre descobrindo ossadas de dinossauros cada vez mais antigos. Eles caminharam aqui milhões de anos. Já pensaram no lixo que enterramos? Deus nos acuda! É algo para ser estudado por cientistas e milagreiros de plantão. Os poucos que se interessam e cumprem as leis estabelecidas, se desanimam e não dão conta do recado. O volume de lixo que enterramos, que fere as entranhas de nosso lindíssimo planeta, é assustadora. Nem apelando para deuses, santos, anjos, ou sei lá o que de todos os povos e gerações e costumes está surtindo efeito!
            O meio ambiente não é só o ar que respiramos. É também a casa que nos abriga, é o chão que pisamos, o quintal do vizinho, o rio que passa por nossa cidade, o mar que abraça cada lugar ou país, os oceanos encantadores e indecifráveis que navegamos e consumimos seus derivados. Se nos preocuparmos só com o que consumimos e não com o que  descartamos, logo nos tornaremos um lixão. Não teremos mais onde colar tanto plástico. É fantástico! A Era do plástico! Digam, onde colaremos tanta pilha, tanta peça de computador e descartes eletrônicos e atômicos?
            Tudo isso se transformou em uma faca de dois gumes. E agora, quem poderá ajudar este planeta desprotegido pelos próprios pensantes habitantes? O Chapolin Colorado? O Super-Homem? Até Deus duvida que possamos manter a Terra com vida. Povo da Terra: Somos todos saídos do caldo cósmico que iniciou o ciclo de vida em nosso planeta. Somos filhos das estrelas ou no mínimo irmãos. Segundo a ciência, quando a matéria atingiu o estágio da consciência nos denominamos seres humanos. Infelizmente, estamos agora no estágio do consumismo.
             O descarte do que não se consome pode acarretar na nossa própria destruição. Beco sem saída? Quem sabe? A China já iniciou um gatilho contrário em relação ao aumento da população. Se cada país iniciasse agora um programa semelhante e de acordo com a legislação de cada um, não seria preciso conter o progresso, mas cada um de nós poderia ter uma vida melhor. Nós temos que aprender a viver com nossas próprias limitações. Nossa água é tão valiosa que em breve vai valer mais que ouro ou pedras preciosas. Os países árabes sabem dar um valor extraordinário a ela, pois não a possuem em quantidade suficiente. As árvores não vivem sem água, e somos primos delas, vamos valorizar este ser absurdo que é a água da qual não podemos abrir mão. Devemos cuidar um dos outros como se dependesse a nossa própria vida.
         Surgimos de ácidos orgânicos e complexos, e, por incrível que pareça, continuamos tão complexos como antes, segundo a ciência. A nossa ganância está adoecendo o nosso planeta. Os índios da nossa magnífica Amazônia consomem o que produzem e procuram não agredir a mãe natureza com supérfluos. É tanta a minha integração com a natureza, que, certa vez, estando na sacada de minha casa, admirando um bosque próximo, um lindo beija-flor azul cintilante com seu biquinho pequenino, beijou-me na boca em um desses instantes que só o criador sabe explicar. Minha emoção foi tanta, que não conseguia descer as escadas. Bem, até agora ouvimos a voz de um único mundo, o nosso. Os outros só na teoria. E a prática não vale mais do que a teoria? Nosso planeta é o único em nosso entender. E tudo que é único, não se pode perder, não é?

(Cacilda Franco Ribeiro)


10.4.14

Direito em luta. II de II.

Relido o livro ‘A luta pelo direito’, de Rudolf Von Ihering (recomendo), penso que a violência não é, nem será o primeiro caminho para a conquista da justiça (individual ou social).
O indivíduo que abusa de seu direito de ‘luta’ cometendo atos ilícitos, não busca justiça, mas colabora com a miséria e barbárie humana. Devemos, sim, lutar por justiça, porém, antes de sangue, palavras, criatividade e obstinação. Até porque, uma nação nada constrói se congrega forças de vez em quando, ao invés de ter em mente que devemos sempre lutar contra injustiças, sem comodismo e sem apatia.
Portanto, diz Ihering: “Buscando a paz, o direito, no entanto, não se afirma sem luta.” Diz ainda que é mais grave não lutarmos contra a injustiça, do que a própria injustiça.

Concordo. Exija seus direitos, meu amigo. Lute.

O "Direito em luta. I de II." está disponível em: https://www.facebook.com/escritamcp, postagem de 20.2.2014. Confira também.

  

4.4.14

Lisura na punibilidade dos embusteiros republicanos.

Para estrear os textos colaborativos, segue belíssimo manifesto do culto e amigo Eduardo Berti. 'Lisura na punibilidade dos embusteiros republicanos'. Texto escrito a algum tempo, mas que, infelizmente, permanece muito atual e assim deve ser por bom tempo. Vale a leitura.

LISURA NA PUNIBILIDADE DOS EMBUSTEIROS REPUBLICANOS.

QUE O BRASIL É O PAÍS DA IMPUNIDADE, TODOS NÓS SABEMOS. QUE CADEIA É LUGAR PARA OS PÁRIAS SEM DINHEIRO, É FATO PÚBLICO E NOTÓRIO, MAS IMAGINEMOS ESSE CONTEXTO POR OUTRO VIÉS, POR MAIS LÚDICO QUE POSSA PARECER.
LEMBREMOS-NOS DA FESTEJADA LEI DA FICHA LIMPA, QUE NADA RESOLVEU, ONDE ASTUTOS ADVOGADOS E O PODER JUDICIÁRIO POLITICAMENTE CORROMPIDO FIZERAM DELA UMA ODISSEIA COM FINAL COMPLACENTE AOS EMBUSTEIROS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
BOM MEU POVO BRASILEIRO, SEDENTO POR JUSTIÇA, LEMBREMOS-NOS DE CASO QUE ACONTECEU NA ALEMANHA, ONDE O MINISTRO DA JUSTIÇA PEDIU EXONERAÇÃO POR CAUSA DE UM “SIMPLES” PLÁGIO EM SEU DOUTORADO, PASMEM!!, ISSO MESMO!!, AUTO-EXONERAÇÃO POR UM PLÁGIO DE DOUTORADO; SERÁ QUE ALGUM PARLAMENTAR TEM ISSO EM SEU CURRÍCULO, OU MELHOR, SABE O QUE É ISSO?; ENFIM, MANOBRAS POLÍTICAS ESPÚRIAS, ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, DESVIO DE VERBA PÚBLICA, ABUSO DOMINANTE DE PODER, CORRUPÇÃO PASSIVA, CONCUSSÃO, PODERIA ESCREVER MIL PÁGINAS SOBRE OS CRIMES PRATICADOS POR ESTES APANIGUADOS QUE SÃO ABASTECIDOS POR NOSSO SUADO DINHEIRO E QUE NÃO SÃO PUNIDOS, SENDO COM A DEVOLUÇÃO AOS COFRES PÚBLICOS OU COM A RESTRIÇÃO DE SUAS LIBERDADES.
APESAR DE SER ONÍRICO, GOSTARÍAMOS DE PROPOR AMPLAS REFORMAS, MESMO QUE DE ÍNDOLE CONSTITUCIONAL, OU MELHOR, QUEREMOS UMA NOVA CONSTITUIÇÃO, ONDE NO CAPÍTULO DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS, NÃO SEJA PERMITIDO HABEAS CORPUS PARA QUALQUER POLÍTICO QUE COMETA QUALQUER ATO CONTRA NOSSO PATRIMÔNIO, QUE SEJA DECRETADA A PRISÃO PREVENTIVA OU TEMPORÁRIA PARA OS RESPECTIVOS ATOS, E MAIS, QUE A PRISÃO EM FLAGRANTE NÃO SEJA RELAXADA E, TAMPOUCO ESSES ESCROQUES ELEITOS POR ESSE POVO ALIENADO PELO QUARTO PODER, NÃO TENHAM DIREITO À PRISÃO ESPECIAL OU QUALQUER PRERROGATIVA QUE LHES ACOMPANHA NA PRESENTE CARTA POLÍTICA.
REPRESENTANTES DA NAÇÃO NÃO MERECEM TRATAMENTO BENEVOLENTE DA JUSTIÇA E, POR DERRADEIRO, INSISTO E SUPLICO, VAMOS MUDAR NOSSA HISTÓRIA, PORQUE ESSA ESCÓRIA NÃO MERECE HISTÓRIA.
(VOCÊS SABIAM QUE A LEI 8.249/92 – LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, QUE DISPÕE SOBRE SANÇÕES APLICÁVEIS AOS CASOS ACIMA MENCIONADOS, CONFERE AOS AGENTES PÚBLICOS UM JUÍZO DE PRELIBAÇÃO (PERMITE QUE SEJAM NOTIFICADOS ANTES DA CITAÇÃO DO PROCESSO, PARA APRESENTAREM DEFESA, SENDO QUE ESSA AÇÃO PODE SER REJEITADA, SEM QUE TENHA SEU CURSO NORMAL? POIS BEM, ESSA PRERROGATIVA NENHUM CIDADÃO NORMAL TEM AO SEU DISPOR.)

BLITZKRIEG IN MOTION

(EDUARDO BERTI)

3.4.14

O malandro.

ótima letra. composição célebre de Chico Buarque, muitas vezes tocada na peça de teatro Ópera do Malandro. vale apreciar. o link da música no youtube está ao final.

O malandro/Na dureza
Senta à mesa/Do café
Bebe um gole/De cachaça
Acha graça/E dá no pé

O garçom/No prejuízo
Sem sorriso/Sem freguês
De passagem/Pela caixa
Dá uma baixa/No português

O galego/Acha estranho
Que o seu ganho/Tá um horror
Pega o lápis/Soma os canos
Passa os danos/Pro distribuidor

Mas o frete/Vê que ao todo
Há engodo/Nos papéis
E pra cima/Do alambique
Dá um trambique/De cem mil réis

O usineiro/Nessa luta
Grita (ponte que partiu)
Não é idiota/Trunca a nota
Lesa o Banco/Do Brasil

Nosso banco/Tá cotado
No mercado/Exterior
Então taxa/A cachaça
A um preço/Assustador

Mas os ianques/Com seus tanques
Têm bem mais o/Que fazer
E proíbem/Os soldados
Aliados/De beber

A cachaça/Tá parada
Rejeitada/No barril
O alambique/Tem chilique
Contra o Banco/Do Brasil

O usineiro/Faz barulho
Com orgulho/De produtor
Mas a sua/Raiva cega
Descarrega/No carregador

Este chega/Pro galego
Nega arrego/Cobra mais
A cachaça/Tá de graça
Mas o frete/Como é que faz?

O galego/Tá apertado
Pro seu lado/Não tá bom
Então deixa/Congelada
A mesada/Do garçon

O garçon vê/Um malandro
Sai gritando/Pega ladrão
E o malandro/Autuado
É julgado e condenado culpado
Pela situação

Link: http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/o-malandro.html#ixzz2xphKR4ET


https://www.youtube.com/watch?v=2ujmpzObjq0