Pedras portuguesas, máquinas, buracos de um canteiro de obras. Os olhos brilhavam. Até hoje posso sentir o encantamento. O sulcar da terra pelas escavadeiras. A beleza de um buraco no chão. E o equilíbrio da calçada de pedras encaixadas. Espiava de camarote, nos ombros da vovó ou até onde minha visão de metro alcançava. Não era difícil enxergar: construíram o shopping redondo em uma colina. Comércio e apartamentos, com uma arquitetura com clima de Vila do Chaves: um pátio escuro de uma estrutura circular oca, com corredores e janelas para dentro. Uma bela construção, de frente com a Estação Jabaquara do Metrô, a última da Linha Azul.
Minha avó morava na rua de baixo do shopping, na Rua Casuarinas. Frequentávamos felizes seu comércio, para um lanche ou para a aquisição de um brinquedo novo. Havia uma bela loja com miniaturas. Fico sabendo pela internet que até hoje elas pairam por lá, em encontros de colecionadores.
A construção. De um prédio, de uma calçada, de uma vida, de um afeto. Dores terrestres, desordem, pó ao ar. Misture algum plano, acabamentos, suor, imprevistos, dor, sol, chuva, festas, sorrisos, e tudo o mais necessário para uma obra qualquer. Como não encantar-se?! Os tijolos assentando-se com vagar, o reboco, as janelas, os olhos curiosos, as famílias, as histórias. Toda a vida a viver do pequeno. Todo o céu a arranhar da construção.
Boas lembranças daqueles dias de sol um pouco mais vermelhos.
A construção. De um prédio, de uma calçada, de uma vida, de um afeto. Dores terrestres, desordem, pó ao ar. Misture algum plano, acabamentos, suor, imprevistos, dor, sol, chuva, festas, sorrisos, e tudo o mais necessário para uma obra qualquer. Como não encantar-se?! Os tijolos assentando-se com vagar, o reboco, as janelas, os olhos curiosos, as famílias, as histórias. Toda a vida a viver do pequeno. Todo o céu a arranhar da construção.
Boas lembranças daqueles dias de sol um pouco mais vermelhos.
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