Sempre gostei de textos
descritivos. Balzac é um mestre na descrição. São cenas bem contadas e a forma
termina maior que a própria ideia.
Estou com o projeto de “fotogistrar”
momentos de Vinhedo. Sentado em um banco, da janela, em pé no balcão. Enquanto
não realizo essa experiência treino com essa foto. Veremos se fica bom.
As bolsas falsas são
minhas. Pensava fossem más, porém combinam bem com as marcas do sorriso. Belos
dentes, lábios finos, quase escondidos. Cabelo revolto, alegria retrato. Ao
fundo do quadro há muita luz que mais alveja seu rosto. Brinquedos ao
canto. O rabo da pelúcia, a bola feliz. Estampa de sorriso. O bebê veste outra
face contente. Ela pisca um olho e tem parca dentição. Cores várias. O quarto,
enfim, é preenchido: por diversão. As bochechas novas são saudáveis. Há a
natural protuberância favorável ao mamar. Pescoço quase nada. A cabeça é
juntinha ao tronco. E, sim, desproporcional. Gigante. Fica quase de pé. Debruça-se
para a foto. Transborda toda sua vida para nós. Confia. É
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