5.3.14

O Carnaval acabou?

Diz a música que “todo o mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, mas no fundo todo o mundo quer zoar”. “Todo o mundo sonha em ter uma vida boa. Sábado à noite tudo pode mudar.”
Concorda? Também quer zoar um pouco? Partilha da idéia de que nada é certo, mas difuso, confuso e, afinal, incerto? Ou é daqueloutro que defende haver caminho mais para o caráter da régua: durona, com marcações contínuas e crescentes, com final urgente e fixável?
Ok, ok. Apenas não gosta de Lulu Santos, prefere Geraldo Vandré: “Esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”
Prefiro Lulu, apesar de o Vandré ocupar papel capcioso na minha vida – a começar pelo persistente desafio de tocar essa música em dedilhado no violão. Pois é.
Não obstante os dois, o que ora me trás a “tc” (essa é velha) um pouco pelas téclitas do computer é essa mania de comparações e de tensões por aqueles ou esses lugares comuns. Explico.
Diz-se: fulano, veja só, é um exemplo a ser seguido; cicrano, não, é inteiro errado, o inútil e mau exemplo do pedaço; é certeiro, siga desse jeito que terá sucesso, será feliz e ‘igual’ ao beltrano – veja só como é radiante de alegria.
Pronto, tudo resolvido.
Não.
Não é bem assim. Reconheço, é claro, que há um liame entre as pessoas, mas entre você e eu – uepa – quantos campos de futebol não há? – distância realmente a considerar.
Por isso, tantos meios existem; certezas poucas ou nenhumas, e, pense bem antes de se comparar com alguém ou, pior, comparar beltrano com cicrano.
Siga seu caminho, que, felizmente, isso é certo, nunca será igual ao de mais ninguém.   

           

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