Cada um tem o seu papel.
Papel este que escreve
àqueles.
Aqueles, pois cada um
juntos são vários.
Vários que pela palavra ou
de outra forma,
forma eles tem em um mundo.
Mundo grande, imenso que
mal conhecemos.
Conhecemos, quando muito,
um sonho.
Sonho de um papel que haja
por aí.
Aí ou aqui.
Aqui entre nós nos traga o
que queremos.
Queremos, pois, algo.
Algo que ainda não sei.
Sei, porém que cada um tem
um papel.
Papel este que não conheço.
Conheço apenas o que este
papel aceita.
Tudo Tudo.
O papel aceita tudo.
Essa é a verdade.
Essa é a trégua.
Esse é o caminho.
Esse é esse e todos os
outros.
É o que é.
O papel aceita tudo.
Escrevamos o que acharmos
por bem escrever.
Este e o seu papel aceitam
tudo o que quisermos.
Mas, lembremos, o papel
foi e é só o começo, cabe aos que escreveram,
aos que lerão e aos que lembrarão
o papel,
reescrever no ar o que dele se tirou. Gosto do papel.