9.2.14

XLIV. Quase lá, e XLV. Eça. (a edição desses e dos outros capítulos ainda virá - muito calor para ela, agora. é domingo etc.)

LXIV. Quase lá.

Mesa da sala montada e posicionada em lugar ora propício. Taça de bom vinho à mão. Claro, caneta tinteiro, caderno da ‘Em ritmo’ e eu, minhas idéias, minhas buscas e o movimento langoroso da ponta da Parker 51.
Penúltimo capítulo. Nos finalmentes, prefiro dizer pouco. Se havia alguma charada (assim pensei), já não deve mais quase existir. No próximo vem a palavra. Nessa noite, ao inverso, noitário.
Espaços tantos que esse e aquele há anos esperando a aposentadoria na estante, no baú, na gaveta, na caixa. Extremidades e limites diferentes. Cores, maciez, amizade, mãos e maneiras de inscrições. Comprados, ganhados. Queridos. Guardados. Amados.
Finalizo, por horas tantas, como as que os tive e espero continuar compartilhando: e você aí, leitor, está esperando o quê? Já deve ter entendido. Sabe do que falo. Vale à pena. Não é, apesar de parecer (já me questionei), vaidade, vontade de eternizar-me, mas oportunidade(s) de crescimento interior e social e grande diversão.
Tente. Coragem, caro.

LXV. Eça.

Diz Eça de Queirós: "As palavras escritas podem apagar-se, não se alteram as palavras gravadas."
O que são, afinal, as lembranças? De coisas, de pessoas. Fortes, suaves, duradouras, passageiras etc. etc.
Estalo. Pronto, revivemos, com muita ou pouca profundidade, momentos.
Bom, ruim, incontornável, controlável? Sobretudo, ‘controlável’? Podemos deixar de lembrar-se disso ou daquilo?
Outros, como eu, chegam mesmo (ecco) a escrevê-los em diários. Por quê? Se, no fim das contas, a taça de vinho tudo muda?
O homem (muitos, compulsivamente) escreve sobre sua vida. Na escola, no formulário, nos diários, nas cadernetas, na página, na cara de sua mulher, na orelha do colega de bar, na vida breve.
Aí estão suas recordações. O hoje, aliás, recorda o ontem, pois se hoje, ontem. Se é, foi. Se simples, complicado.
E aqui termino. Nermo, caro, se despede e agradece sua paciência, ecco qua, o que ele procurava (sempre).
Caríssimo leitor, repito, tente você também escrever. Que prazer Nermo sentiria em lê-lo. De verdade.
Fui. Un abbraccio. Con tutte le lettere doppie. Così bella è la lingua italiana.

                                                                           FIM

                                                                           Escrita MCP

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