20.2.14

As extremidades e o meio.

Borboleta automóvel
Borboleta vento automóvel
Imagine os três juntos.
Na sua mente, quem chegou primeiro?
O vento ou o automóvel?
Ou, ainda, veloz o ar e o carro?
Esse inseto não. Suave, vagarosa. Frágil por essência.
Assim, as extremidades não transformam o meio.
Balança, mas não mistura.
Sê no quintal igual água e óleo
Sim.
Por isso, dificuldades de comunicação, de decisão, de operação, de criação e dá-lhe tantos outros ‘ãos’. Confusão.
Onde cabe o sujeito? Que de borboleta não tem nada.
Haja vento. Haja automóvel.
Por óbvio, não é por aí.
Não nos importa muito o invento. Mais a mente abriga as soluções que, quanto maior a naturalidade, melhor.
Pois, a briga com o vento não realizará o encontro das extremidades. Não vai funcionar por tempo suficiente. Pereceremos.
A borboleta, no entanto, deve sobreviver por tempo prolongado. Flexiona melhor as extremidades, e o caminho até lá.
O ser humano, ah, esse bípede racional.
Razão.
Transformou aqui, ali, acolá e adiante.
Natural, dirão. Ok. O velho ‘o’ ‘k’.
Petróleo, metais pesados, gases vários, opiniões infinitas e indeterminadas.
– Para lá.
– Não. Para cá.
Assim, assado, frito. Consensos poucos. Bombas de direções determinadas.
Bum.

(Há solução, porém. Não sei qual. Conta-me, se a encontrar?)

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