27.2.14

Fé.

Não fui batizado e não frequentei, com regularidade e sentido, nenhuma instrução religiosa, além de traços católicos e evangélicos, nos primeiros anos. Alguma influência pentecostal dos avós maternos e pouco catolicismo dos pais. Só.
Na adolescência, espiritismo, pelos pais. Na maturidade, por mim mesmo, catolicismo e hare krsna. Enfim, uma miscelânea. Ora ali, ora acolá, não segui fielmente nenhuma.
Inventei orações e fé próprias e não rezo todos os dias. Por vezes, busco mais fé e creio que necessito de certa regularidade em único caminho (que ainda não encontrei).
Eis espaços de difusão religiosa que já estive (mais ou menos vezes) e me senti bem:

- Congregação Cristã do Brasil (Não me lembro dos cultos, pois era bem pequeno. Meus avós maternos, fiéis e participativos, rezavam muito em casa e me passaram imenso sentido nos agradecimentos a Deus, importância da reza e da compaixão.)

- Catolicismo (Pouco sentido na infância e na adolescência, além do Pai Nosso. Rigidez, sem direcionamento afetivo e que fizesse sentido, em colégio de freiras que estudei por alguns anos na infância e pré-adolescência, e quase nenhum interesse próprio. Na maturidade, procura por sentido e certa regularidade satisfatória, mas não muito sólida e perene.)

o   Mosteiro de São Bento (São Paulo e Vinhedo).
o   Igrejas e Paróquias (em especial, a de São Sebastião, em Vinhedo).
o   Retiro espiritual (Cursilho, Vinhedo).

- Espiritismo (Na adolescência e na maturidade. Como o catolicismo, procurei sentido e obtive períodos de frequência e de satisfação. Passou.)

o   Centro Espírita Seara Bendita.

- Hare Krsna (Deslumbramento, na maturidade. Rostos alegres e amigos, princípios duros, mas tentadores a fim de ficar em paz, realmente. Ainda distante, seja pelas rezas em sânscrito, como o latim que tanto cismaram os católicos, seja pela dificuldade evolucional principiológica.)

o   Centro Cultural Vrinda Aclimação.
o   Retiro espiritual Vrinda Bhumi.



Montado no ponteiro grande do relógio, de Ricardo Ramos Filho.

Livro de finas observações do cotidiano em forma de crônicas e de contos. Em exposições ora leves e risonhas, ora realistas e duras, Ricardo Filho demonstra talento literário ao comunicar pelas letras sensibilidades inteligentes.
A leitura flui muito bem e com gosto de ir além. Irei, aliás. Já adquiri outro livro dele, o “Computador sentimental”. História infanto-juvenil de estreia do autor. Outro livro é o “Sonho entre amigos”, o qual já li e gostei.
Enfim, recomendo as três obras, bem como o contato com o autor, que mantém regularidade de postagens em seu perfil no facebook: https://www.facebook.com/ricardo.ramosfilho.9?fref=ts
Para adquirir o “Montado no ponteiro grande do relógio” (destaque para os textos “Bandejão I”, “Ela”, “Gente boa”, “Desplugada”, “Escrever II”, “Reflexão”, “Telefone”, “Texto” – ixe, são muitos de boa qualidade), é só clicar e seguir humildes passos, como seu preço monetário. Vale conferir: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/5347234/montado-no-ponteiro-grande-do-relogio


26.2.14

Mesmo que breve.

Mesmo que curto, é longo o espaço. Vontade maior, apesar de outros intentos. Conciliar, então, é o desafio. Fácil. Pois, acredito no máximo. Esse que surpreende naqueles complicados momentos. Esperava isso, mas veio muito mais – surge o resultado. Ele é singular. Sempre será. Não há plural. Vai embora o receio, fica a certeza da vida. Ela infinita, mesmo que breve. Enfim, tudo o que faço, seja no ínterim que disponha, sei que é pleno, e repito: o que é o pior que pode acontecer? Vibre, portanto, pelo acontecimento. Esse que curto.





20.2.14

As extremidades e o meio.

Borboleta automóvel
Borboleta vento automóvel
Imagine os três juntos.
Na sua mente, quem chegou primeiro?
O vento ou o automóvel?
Ou, ainda, veloz o ar e o carro?
Esse inseto não. Suave, vagarosa. Frágil por essência.
Assim, as extremidades não transformam o meio.
Balança, mas não mistura.
Sê no quintal igual água e óleo
Sim.
Por isso, dificuldades de comunicação, de decisão, de operação, de criação e dá-lhe tantos outros ‘ãos’. Confusão.
Onde cabe o sujeito? Que de borboleta não tem nada.
Haja vento. Haja automóvel.
Por óbvio, não é por aí.
Não nos importa muito o invento. Mais a mente abriga as soluções que, quanto maior a naturalidade, melhor.
Pois, a briga com o vento não realizará o encontro das extremidades. Não vai funcionar por tempo suficiente. Pereceremos.
A borboleta, no entanto, deve sobreviver por tempo prolongado. Flexiona melhor as extremidades, e o caminho até lá.
O ser humano, ah, esse bípede racional.
Razão.
Transformou aqui, ali, acolá e adiante.
Natural, dirão. Ok. O velho ‘o’ ‘k’.
Petróleo, metais pesados, gases vários, opiniões infinitas e indeterminadas.
– Para lá.
– Não. Para cá.
Assim, assado, frito. Consensos poucos. Bombas de direções determinadas.
Bum.

(Há solução, porém. Não sei qual. Conta-me, se a encontrar?)

9.2.14

XLIV. Quase lá, e XLV. Eça. (a edição desses e dos outros capítulos ainda virá - muito calor para ela, agora. é domingo etc.)

LXIV. Quase lá.

Mesa da sala montada e posicionada em lugar ora propício. Taça de bom vinho à mão. Claro, caneta tinteiro, caderno da ‘Em ritmo’ e eu, minhas idéias, minhas buscas e o movimento langoroso da ponta da Parker 51.
Penúltimo capítulo. Nos finalmentes, prefiro dizer pouco. Se havia alguma charada (assim pensei), já não deve mais quase existir. No próximo vem a palavra. Nessa noite, ao inverso, noitário.
Espaços tantos que esse e aquele há anos esperando a aposentadoria na estante, no baú, na gaveta, na caixa. Extremidades e limites diferentes. Cores, maciez, amizade, mãos e maneiras de inscrições. Comprados, ganhados. Queridos. Guardados. Amados.
Finalizo, por horas tantas, como as que os tive e espero continuar compartilhando: e você aí, leitor, está esperando o quê? Já deve ter entendido. Sabe do que falo. Vale à pena. Não é, apesar de parecer (já me questionei), vaidade, vontade de eternizar-me, mas oportunidade(s) de crescimento interior e social e grande diversão.
Tente. Coragem, caro.

LXV. Eça.

Diz Eça de Queirós: "As palavras escritas podem apagar-se, não se alteram as palavras gravadas."
O que são, afinal, as lembranças? De coisas, de pessoas. Fortes, suaves, duradouras, passageiras etc. etc.
Estalo. Pronto, revivemos, com muita ou pouca profundidade, momentos.
Bom, ruim, incontornável, controlável? Sobretudo, ‘controlável’? Podemos deixar de lembrar-se disso ou daquilo?
Outros, como eu, chegam mesmo (ecco) a escrevê-los em diários. Por quê? Se, no fim das contas, a taça de vinho tudo muda?
O homem (muitos, compulsivamente) escreve sobre sua vida. Na escola, no formulário, nos diários, nas cadernetas, na página, na cara de sua mulher, na orelha do colega de bar, na vida breve.
Aí estão suas recordações. O hoje, aliás, recorda o ontem, pois se hoje, ontem. Se é, foi. Se simples, complicado.
E aqui termino. Nermo, caro, se despede e agradece sua paciência, ecco qua, o que ele procurava (sempre).
Caríssimo leitor, repito, tente você também escrever. Que prazer Nermo sentiria em lê-lo. De verdade.
Fui. Un abbraccio. Con tutte le lettere doppie. Così bella è la lingua italiana.

                                                                           FIM

                                                                           Escrita MCP

7.2.14

Explicações.


Venho tentando criar uma história (http://escritamcp.blogspot.com.br/2013/05/desafio.html). Seu título: Em ritmo. Seu desenrolar, como sugere, não está fácil. Para os que leram alguns capítulos (será que alguém conseguiu ler tudo?), devem ter percebido que não há muita conexão entre eles e, na verdade, são como várias histórias incompletas, contos e crônicas independentes.
Boa notícia, porém. Já escrevi os dois últimos capítulos e, quando publicá-los, terei (espero) terminado de mexer nos demais (isso mesmo, desde a primeira publicação, já mexi algumas vezes nos textos) para (ao menos para mim) dar mais interesse à história.

É isso. Seja o que for. 
                                                        MCP