10 anos. Bom exercício. Imagine-se daqui a dez anos. Morará no mesmo lugar? Fará as mesmas coisas usuais de hoje? Tem algum objetivo de longo prazo?
Eu não costumo pensar em planos assim distantes. O que deve ser errado. Agora imagino minha vida em 2.025. Pedro com dez anos. Eu com quarenta e 15 anos de advocacia. Quase 30 anos de atividade de escrita. Meus pais com quase 70. Minha avó com 95. Sua irmã com 105. E outras idades. E outras vitórias, derrotas, novos planos, catástrofes, descobertas, nascimentos, mortes, discussões apocalípticas sobre a Terra.
Dez anos. Muito já acontece em um ano. Comecei o movimento de mudar para o interior e em tão pouco tempo (menos de dois anos) consegui. Trabalhar no interior foi ainda mais rápido. Noivar, casar, ter um filho, escrever um livro, escrever para um jornal, correr a Volta ao Cristo de Poços de Caldas. Tantas outras coisas. Tenho 30 anos. Ainda muito o que viver.
Leia o 'Diário de Anne Frank'. Aproveitemos a vida. Sim, Senhor.
Sobre o autor: Piero de Manincor Capestrani é servidor público estadual (com orgulho). Também é pai, filho, neto, sobrinho, tio, irmão, do Espírito Santo, amém. Adora escrever e ler. Não conseguirá ler todos os livros, mas continuará tentando. Sobre o blog: Escrita MCP nasceu em maio de 2013. Forma natural do transbordo da escrita. O papel se sente tão solitário na gaveta. Pede mais. Não há só literatura, nem só Direito, nem só desenhos, fotos, vídeos. Nada só. Tudo sobra.
22.11.15
19.11.15
Quem espera sempre alcança?
Sempre gostei de ditados populares. E vejo sentidos na maioria. Acompanhem as próximas publicações. Devo escrever sobre algumas dessas ditas verdades experimentais.
O ditado de hoje é polêmico. Ainda mais nos famigerados dias de crise que vivemos. Como esperar algo acontecer? Todos correm loucamente atrás de sua subsistência, acúmulo de grãos para o inverno, estratégias de combate ao terrorismo, controle à degradação ambiental etc. etc.
Não. Precisamos, diz-se, arregaçar as mangas, derrubar a PresidentA e botar as coisas nos eixos. Revolution, baby.
Sim. Não. Prefiro dar sentido de paciência a este ditado popular. E, claro, seguirmos. Já que paciência é sinônimo de constância e esta significa persistência. Persistir em algo.
Não há difusão do nada. Então, quem criou o 'quem espera sempre alcança' buscava e conquistou seu objetivo. Insistindo nele.
Vale também meditarmos que o cume da montanha fica mais perto das nuvens e quando se chega lá pode estar frio, nublado e sem ar. Será que você precisa escalar essa montanha? Pense bem. Talvez seja outra ou a mesma em outra época. A montanha não virá até você, mas com esforço diário, na medida certa, ainda não encontraram elevação rochosa que o homem não possa vencer.
O ditado de hoje é polêmico. Ainda mais nos famigerados dias de crise que vivemos. Como esperar algo acontecer? Todos correm loucamente atrás de sua subsistência, acúmulo de grãos para o inverno, estratégias de combate ao terrorismo, controle à degradação ambiental etc. etc.
Não. Precisamos, diz-se, arregaçar as mangas, derrubar a PresidentA e botar as coisas nos eixos. Revolution, baby.
Sim. Não. Prefiro dar sentido de paciência a este ditado popular. E, claro, seguirmos. Já que paciência é sinônimo de constância e esta significa persistência. Persistir em algo.
Não há difusão do nada. Então, quem criou o 'quem espera sempre alcança' buscava e conquistou seu objetivo. Insistindo nele.
Vale também meditarmos que o cume da montanha fica mais perto das nuvens e quando se chega lá pode estar frio, nublado e sem ar. Será que você precisa escalar essa montanha? Pense bem. Talvez seja outra ou a mesma em outra época. A montanha não virá até você, mas com esforço diário, na medida certa, ainda não encontraram elevação rochosa que o homem não possa vencer.
12.11.15
aos leitores
Desculpem-me pela queda na frequência das publicações. Tenho trabalhado muito com a advocacia (é bom também) e tido menos vigor para as letras. O comichão, no entanto, permanece latente. Na medida do possível publicarei mais. Continuo com a coluna mensal no Jornal de Valinhos, nas segundas sextas-feiras. Amanhã é dia. Prestigiem. Venda em Valinhos, Vinhedo e Campinas. Até breve.
7.11.15
Sobre a velocidade II
A marcha olímpica do tio, a infração, insisto, aos limites de velocidade.
Não curto.
Prefiro os limites seguros das placas de trânsito.
E a correria do dia a dia? Carambis. Acordo correndo, corro para o trabalho (respeitando os limites de velocidade, claro), voo no trabalho, apresso-me no almoço, mais velocidade, afazeres, sento e lembro-me que existo e preciso parar um pouco. Só um pouco. Respiro.
Lamento essa insanidade atual. Alguém ligou nosso rabo no duzentos e vinte e não conseguimos desconectar. Tempo para: isso, aquilo e outra coisa. Parece que não temos. E realmente afirmamos que não há. Ah, quando poderia ler um livro, fazer exercício, tomar umas com os amigos, visitar parentes, viajar, cuidar mais da minha saúde, comer bem, quando quando? Não tenho tempo, definitivamente não tenho.
E não temos mesmo? PQP.
TEMOS. Já assistiu a um jogo de basquete? Então assista. Jogo faltando dois minutos. 20 pontos de vantagem para o adversário. Oxi. Partida ganha. Errado. 2 minutos são uma vida. Ainda mais no basquete em que o cronômetro para nas faltas, quando a bola sai, nos pedidos de tempos etc.
Ah, mas na vida o tempo não para. É diferente. Errado, de novo. Na vida há muito mais tempo. E você quem comanda ele.
Desacelere, meu caro. E verá como o tempo durará o quanto você quiser. Ao invés de duas caminhadas no quarteirão, dê três. Coma uma uva a mais. Leia uma página extra do gibi. Fique mais cinco minutos com o seu amigo no fim de tarde. Prolongue sua vida.
E o trabalho, poxa? O trabalho é que me mata. Não. Precisamos dele. E muito. Concilie sua vida a ele. Como? Saiba que a velocidade é a mesma para seu café e para a enxada, para o computador, para o bambolê. Assim, não deixamos de viver ao trabalhar. Pelo contrário. Curta sua atividade profissional. Cante, assobie, respire e prolongue a vida. O trabalho é inafastável. E sempre será parte da vida.
Enfim, respeite os limites de velocidade, mané. Senão, bem, senão é não. Não para todo o resto. Pois, quem gosta de bosta é bosta.
Não curto.
Prefiro os limites seguros das placas de trânsito.
E a correria do dia a dia? Carambis. Acordo correndo, corro para o trabalho (respeitando os limites de velocidade, claro), voo no trabalho, apresso-me no almoço, mais velocidade, afazeres, sento e lembro-me que existo e preciso parar um pouco. Só um pouco. Respiro.
Lamento essa insanidade atual. Alguém ligou nosso rabo no duzentos e vinte e não conseguimos desconectar. Tempo para: isso, aquilo e outra coisa. Parece que não temos. E realmente afirmamos que não há. Ah, quando poderia ler um livro, fazer exercício, tomar umas com os amigos, visitar parentes, viajar, cuidar mais da minha saúde, comer bem, quando quando? Não tenho tempo, definitivamente não tenho.
E não temos mesmo? PQP.
TEMOS. Já assistiu a um jogo de basquete? Então assista. Jogo faltando dois minutos. 20 pontos de vantagem para o adversário. Oxi. Partida ganha. Errado. 2 minutos são uma vida. Ainda mais no basquete em que o cronômetro para nas faltas, quando a bola sai, nos pedidos de tempos etc.
Ah, mas na vida o tempo não para. É diferente. Errado, de novo. Na vida há muito mais tempo. E você quem comanda ele.
Desacelere, meu caro. E verá como o tempo durará o quanto você quiser. Ao invés de duas caminhadas no quarteirão, dê três. Coma uma uva a mais. Leia uma página extra do gibi. Fique mais cinco minutos com o seu amigo no fim de tarde. Prolongue sua vida.
E o trabalho, poxa? O trabalho é que me mata. Não. Precisamos dele. E muito. Concilie sua vida a ele. Como? Saiba que a velocidade é a mesma para seu café e para a enxada, para o computador, para o bambolê. Assim, não deixamos de viver ao trabalhar. Pelo contrário. Curta sua atividade profissional. Cante, assobie, respire e prolongue a vida. O trabalho é inafastável. E sempre será parte da vida.
Enfim, respeite os limites de velocidade, mané. Senão, bem, senão é não. Não para todo o resto. Pois, quem gosta de bosta é bosta.
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