13.4.17

Paradise now

Mais uma resenha do Berti. A arte cinematográfica merece destaque quando há produções como essa.

Filme: Paradise Now

Ano de produção: 2005
Atores principais: Kais Nashif, Ali Suliman e Lubna Azabal
Diretor: Hany Abu-Assad

Said e Khaled, dois amigos palestinos desde a infância, pobres e com poucas perspectivas de vidas interessantes, são convocados para serem homens-bomba a serviço do seu país.

A situação criada por tal convocação explora a visão insólita dos palestinos diante do torniquete físico-territorial e emocional criado por Israel frente ao país dos amigos. Apesar da “honra” conferida a ambos beirar a idiossincrasia, serve como ponto de reflexão ao levarmos em consideração a coação exercida pelos israelenses. Ser palestino no contexto atual, tanto quanto no filme, não é papel dos mais fáceis e exige do telespectador uma compreensão que transcenda a visão ocidental sobre aquele país acuado fisicamente e moralmente por Israel.

Diante da ciência do que está para ocorrer, Suha – amiga de ambos –, personagem secundária, mas não menos importante que os demais, tenta dissuadir os amigos da idéia do suicídio em nome de Alá na cidade de Tel Aviv.

Na parte final do filme, a ação designada aos dois amigos terá uma surpresa.

Apesar do revide planejado pelos palestinos ser de certa forma compreensível, pairam questões diante da situação vivenciada no filme. Violência se combate com violência?  Até que ponto tirar a própria vida em nome do seu Deus é honrado ou certo? A religião une, segrega, ou mesmo torna as pessoas inimigas umas das outras?


Independente do que ocorre no desfecho do filme, fica a dúvida de como agiríamos no lugar dos personagens em face da situação geopolítica, religiosa e econômica confrontada pela história.


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