26.5.16

votação da vez

Nem antecipadas, nem as de outubro. Aqui mesmo, no blog. Se estiver no celular clic em "versão web", no final da página e verá na parte superior à direita quatro opções de temas para um texto ou mais de julho. Votem, companheiros. Mais do que nunca preciso da interação de vocês. Sácomé, encontrar assunto todo dia até telejornal pasta. Até amanhã. Bom feriado.

25.5.16

cinco instrumentos

Violão, sanfona, piano, violino e a voz. Toquei violão e guitarra. Tive banda. Cantei em ensaios. Foi muito bom. Pedro, Bruno, Matheus, Giulio, eu. Nou neime. Tocavamos rock e outros barulhos. Chegamos a compor e a ensaiar bastante uma música: Acima de tudo. Bons encontros. A música chegou a ser apresentada uma vez em um encontro da escola de música em que ensaiamos por mais tempo. Bruno e Matheus tinham deixado a banda. Pouco tempo depois terminou de vez. Pedro na batera e back-vocal, eu e o Matheus (salsicha) nas guitarras, Bruno no vocal e o meu irmão, Giulio, que era do baixo e back-vocal, assumiu o vocal quando o Bruno saiu.
Música é demais. Minha segunda arte depois das letras.

24.5.16

molho de tomate. porção individual

Opção saudável e fácil para os capangas de plantão. Porque homem também cozinha, mané. 
Uma cabeça de alho, meia cebola. Pique bem. Encolha os dedos. Recomendo ver uns tutoriais no youtube. Cortar legumes é fácil, mas o dedo junto é mais ainda. Ponha na panela média com um pouco de óleo quente no fundo. Quatro ou cinco fios. Não precisa esquentar muito. Fogo brando. Doure. Já tenha picado em quatro dois tomates lavados. O tipo italiano já maduro (um pouco mole) funciona melhor. Os tomates desmancharão e soltarão água. Não precisa acrescentar água. Eu ponho um pouco. Menos de meio copo. Rende mais. Adicione meia colher (de café) de sal e uma de açúcar. Espere o molho engrossar, os tomates derreterem. Facilite o procedimento amassando-os com uma colher de pau. É rápido. Não precisa ficar muito desmanchados. Os pedaços são ótimos. 
Serve para pizza, macarrão e mais o que quiser. Mangia que te fa bene, amico. 
É simples, mas até minha mãe me ensinar para salvar minhas jantas quando morei com a minha vó simplesmente eu não tinha a menor ideia de como fazer (risos).




23.5.16

capítulo XVIII jornal

Saiu no jornal: a sociedade continua. Muitos questionam seu isolamento e ideal. Janaína, vizinha do local, acha que eles estão certos e já iniciou o processo para integrar o paraíso, como ela apelidou o lugar. Seus pais são contra. Pensam que "se fosse boa coisa os sujeitos estariam do lado de fora, ajudando a limpar o rio, agora mais sujo com o cocô daqueles animais". Mário, tecnólogo de edificações, 14 anos, diz que mandou dois desenhos de casas ecológicas para a comunidade. Eles gostaram e encomendaram a criação de um espaço de convivência. Ele está terminando e não quer cobrar por nada. "O futuro está ali", afirma. "Outros nascerão. A sociedade pós-moderna já era. Todos estão cansados. Não é voltar ao tempo das cavernas, mas ter outra relação com os recursos naturais e com as pessoas. Pequenas comunidades, novos governos". 
A realidade é que pouco se sabe sobre a organização e seus fins. Se há boas intenções questiona-se se virar as costas para o mundo é bom. Se tudo não presta pergunta-se porque foi editada lei que isenta o lugar de pagar quaisquer tributos e o desvincula oficialmente do Estado. Pouco, porém muito. Muitos já tentam entrar. Outros falam em preparar uma comunidade ao lado e sobrepujarem a original. Ainda nada. E a cada dia um clima de revolução geral parece crescer. Mesmo os governantes, comentam seus próximos, estão contagiados e raramente têm falado qualquer coisa na mídia.
As pessoas estão caladas. Refletem. A ação, se o silêncio já não é, deve vir logo. Enquanto isso a sociedade, lentamente, emerge. Acompanharemos. 
Mês que vem leia nosso especial sobre os cinco anos e meio da comunidade. Descobrimos quem são os pais de nove membros. E eles soltaram o verbo. Imperdível. 

22.5.16

3 anos de Escrita MCP

Consegui. Tenho um espaço de ideias que funciona bem e é aberto ao mundo.
Queria isso desde pequeno. Não sei porquê. Tentei algumas vezes e ficava para depois, mas não abandonava a vontade de comunicar-me. Nossa, que amor tenho pela comunicação. Livros, jornais, revistas, conversas, aulas, música, arte. Quero saber tudo sobre tudo. E não fico satisfeito.
Esse espaço, que na próxima terça-feira completará 3 anos, é isso. Minha disponibilidade de ouvir, de falar, de comunicar-me.
Não sabem como fico feliz de ouvir que leram meus textos e outras criações. Muito contente. São quase 17.000 visualizações já. Uma média de 50 por publicação. São 335, com essa. Duas por semana, na média. Bom? Ruim? Depende. As vezes, fico satisfeito com a repercussão de um texto, outras vezes não. O que é bom, pois me mantém motivado a evoluir as criações. E elas têm vindo.
Publicar todo dia como tenho feito desde o começo do mês é muito dasafiador. Não posso publicar qualquer porcaria. E escrever algo interessante, em primeiro lugar para mim, todos os dias, é dificílimo. Exige tempo, vontade, motivação. Têm dias que falta um, dois ou mesmo todos esses elementos. E mesmo assim preciso escrever. Porque sei que no dia seguinte ou no outro os três voltarão e, como naqueles dias escrevi com neve nos fundilhos, nesse o texto virá ainda melhor.
Que venham mais 3 anos e tantos mais. Me acompanha? Será um prazer, amigo. Obrigado. Abraço.
Amanhã tem mais.

imediatismo

Esse tema sempre volta. Vivo isso ralando o queijo, lavando as mãos, perdendo peso, escrevendo, lendo, trabalhando, dirigindo até o trabalho, abrindo uma página da internet, esperando o limpador do vidro do carro funcionar na primeira velocidade, esperando vocês acessarem meu blog e tornar-me uma celebridade cheia de dinheiro. É o imediatismo. O "tudo para ontem", "now or never". Não aceitamos o tempo das coisas e aceleramos o carro, corremos a tinta no papel, cortamos o dedo no ralador, limpamos mal os dentes e atropelamos nossos sonhos. Nããão pode ser assim, cara. Só as tartarugas do desenho animado são ninjas, todo o resto duram mais tempo para percorrer as mesmas distâncias e não escalam o teto. Paciência. E digo mais: experimente fazer as coisas com mais calma (quando possível, e geralmente é) e se surpreenderá. Comer, higiene, lazer, coisas simples. Ainda, preste mais atenção ao que está fazendo. Faça uma coisa de cada vez. Aceite o tempo e as circunstâncias dos acontecimentos. Movimente-se, claro, mas com sabedoria, calma. Já basta o relógio correr. Já viu aquele que o ponteiro dos segundos corre de uma vez só, sem o calmo tic-tac? Vixe. São aterrorizantes. Deviam proibir sua fabricação. 
É isso mr. Guepardo. Vai com calma. Conhece a fábula da tartatuga e da lebre. We'll get there, pope. We'll get there.
Ah, quase esqueci. Reveja seus atos. Precisa ser igual amanhã? E antes de dizer algo repense. E repense de novo. Talvez vá-lham algumas alterações ou mesmo deixar para outra hora. Putz, isso faz diferença. 
Fui. Acessem os outros textos também. Há coisa boa. Para você. 

21.5.16

doze coisas que amo em você

Em novembro completarão nove anos desde que nos vimos pela primeira vez. A Serra de São José, na bela Tiradentes, MG, estava para poucos. Dois grupos de alguns turistas se encontraram e alí mesmo trocamos os primeiros olhares e palavras. Só dias depois, pós carnaval, marcamos de almoçar no Di Andrea, em Sampa. Você veio de Mogi das Cruzes só para me ver. All Star roxo. Linda. Sorridente. Deu certo. Depois do almoço fomos no cinema do Market Place. Outros encontros, viagens, namoro, términos, retornos, noivado, morar juntos, casamento, lua de mel e Pedro. Nesse tempo sempre pensei em você. Separados sentimos saudades incontroláveis. Juntos superamos desafios do relacionamento a dois. Ainda há muito pela frente. Bora. Eis doze coisas que amo em você: 
- sua história de vida, por ser tão diferente da minha e me ensinar tanto; 
- sua inteligência;
- sua arte;
- seu vegetarianismo;
- seu cuidado comigo;
- você sabe;
- seus CDs do Silverchair;
- seu molho de gorgonzola; 
- seu perdão; 
- sua argumentação insuportável (risos);
- seu amor, e
- seus óculos novos de aviador. Ficaram ótimos em você. 

Te amo, Vanessa Alessandra de Oliveira Capestrani. 

20.5.16

vida

Só o assunto renderá um acréscimo de visualizações. Todos questionam o dia, a turma, o preço do gás, o tio, a nuvem, a vida. E ninguém se dispõe por você, único senhor da sua relação pessoal com a existência. Que fazer? Que saber? Que que que. Não há respostas. Nem nem nem. Só as suas. Que podem ser as mesmas que as dele. Pois, as Dele são únicas. E pouco podemos compor. É arte. Só o caos de um domingo de trabalho, de uma terça de descanso. Refrigerante vencido, padaria fechada. Sabemos aonde ir? Vamos. Sentimos. Refletimos. Vivemos. A vida é tudo. E é nada. Tudo tudo tudo nada tudo nada nada tudo. Ou nada. Escolhemos, sim, claro. E sempre há o dia seguinte. Viva, animal. 

19.5.16

sorte

Existe? Parece, às vezes. À caminho do chão a laranja escapa, damos um empurrão e ela pula para dentro da cesta. Sorte? Acredita? Ou habilidade direcionada? Liga para o disk ingresso e consegue o último do show do século. Vira a esquina e um ônibus entra na calçada em seguida, por um metro do seu pé. Lembra por acaso de ligar para o cliente antes de sair, depois de um dia super corrido. Quanto é sorte? Quanto trabalho e movimento? Não acredito em sorte. Explicando sobre a baixa de prazos no sistema novo para a nova advogada dou de cara com o prazo que faltava. Em viagem com amigos conheci minha esposa. Em energia canalizada para isso veio o Pedro na primeira tentativa. Do treino do perímetro a bola de três foi fundamental naquele jogo de campeonato. E vai por aí. Mão na massa e as coisas acontecem. Não por sorte. Porque estávamos disponíveis. Nosso tempo comportava o acontecimento importante. E a loteria, você pergunta. Você comprou o bilhete? Conferiu o sorteio? Foi lá buscar a bolada? Abriu a conta no banco? Respirou fundo? 
Movimento, meu caro, movimento. E as coisas acontecem. Pode apostar. (Na loteria também, se quiser.)

18.5.16

esportes

Nadei, corri, andei, bicicleta, esportes de quadra, lutas marciais, academia, outros. Não casei com nenhum. Transito pelos diferentes terrenos, movimentos, instrumentos, suores. Mas, se nado muito quero o chão, se muita rua procuro a quadra, se pouca bike quero as trilhas. E volto àquela prática e outra de novo. Ótimo. Não sou esportista profissional e mudar as atividades físicas me faz bem. Corpo e mente. 
Nem tudo na vida é igual. Se o esporte está dentro de nós, há muito além fora. Outras relações. Pessoas, trabalho, dinheiro, moradia, família. Constância. 
Que bom o esporte. Tudo o mais ainda é melhor se pudermos "pedalar" os problemas. 
Exercício faz muito bem. Mais: atividade física é fundamental. 
Vá se exercitar, meu amigo, minha amiga.

17.5.16

dia de índio

Qual o dia do índio? Não sei. Ensinaram na escola. Não fixei. 14 de abril? Não sei. Não há apelo comercial como a Páscoa, dia das crianças, do pai, da mãe, Natal e outras. Pena. Não a ausência do citado chamariz, mas da própria importante cultura silvícola que ainda resiste no Brasil. Têm aldeias ainda por toda parte. Nada comparado ao que já teve, claro, porém você ficará surpreso pelo número contabilizado pela Funai. E eles recentemente conquistaram uma importante vitória ao impedir a construção de uma usina hidrelétrica em área que há tempos reinvindicavam. 
Cara, os índios, você sabe, se hoje não tratam melhor os recursos naturais é porque fudemos com eles. Certeza. Ou será que frutas, raízes e feses poluem da mesma forma que detergente e pneus? Poxa, e para quê dinheiro em uma economia auto-sustentável? Fudemos com eles. E assim continuamos.
Até aniquilarmos de vez as florestas e o que resta deles. PQP. 
Dia do índio. A cada ano mais esquecidos. 

16.5.16

Represa I, Vinhedo

Caminhada, corrida, bike, exercícios. A Represa I, de Vinhedo, está ótima. Aumentaram a área da trilha, mantiveram uma excelente iluminação. A represa está cheia. Da ponte sobre a água se têm o mato de um lado e a cidade do outro em belo horizonte. Do lado esquerdo da represa tem uma área preservada. Bom ar e canto de pássaros e fauna aquática. Patos, pescadores. Um bom passeio. Bastante gente se exercita na área de exercícios. 
Recomendo. 

15.5.16

capítulo II porquê?

Por que secreta? Melhor. O novo cria faíscas. O isolamento, de um jeito ou outro, pouco durará. E o silêncio traz chuva.
Sentirão saudades. Alguns sucumbirão. Sim. Vamos tentar? Eu divulgarei de forma discreta. Poucas pessoas. Alcançado o mínimo mais um iniciaremos a captação dos recursos. Sinto que dará certo.
Quanto tempo até a mudança definitiva? Dependerá dos escolhidos. Estabeleçamos o máximo de dois anos. Ok. Tem tudo para dar errado. Um rompimento com a sociedade é algo bastante radical. Cidadão mínimo. Ou será possível um distanciamento oficial, reconhecido? Conseguiremos em pouco tempo. Serviços pela natureza e vizinhança. Governo geral já era. Nosso país está quebrado.
Sei não. Podemos ser dizimados. Presos. Mais do que já vivemos hoje? Cara, fique à vontade. Se preciso vou sozinho.
Ok, ok. Me convenceu. Não vejo futuro. Vamos tentar. Tenho um amigo que topará, certeza. Tenho três. Famílias? Também. Mais difícil, mas se quiserem pode.
Que mais? Mudança, caro. Mudança. E as circunstâncias serão as melhores. As adequadas -, para o que precisamos. Acredito nisso. E não tem como dar errado. Já deu certo. Não existe tentativa.
Manhã. Temperatura baixa, sol brando. A caminhada acompanhava a sombra variável dos pinheiros. Terra. Estrada bem pisada. Acharam o local. A matrícula indicava as mesmas medidas e pontos de demarcação. Molharam os rostos na água corrente. Gelada o suficiente para acordar os ânimos. Beberam. Sonharam.
A mensagem era boa, lógico. Governo novo, próprias regras, ar puro, recomeço. Um punhado de aventureiros e aventuteiras e tudo estava pronto. Os dois anos ficaram em intensos onze meses e dezessete dias. Dois carros grandes utilitários. Só até a autosuficiência. Partiram. Estavam muito felizes. Todos. E sóbrios. Quase todos.

14.5.16

o que está pegando?

Não consigo isso, aquilo me inferniza, não tenho tempo, disseram não.
Poxa, cara. Vamos lá.
Veja se as seguintes perguntas são facilmente respondidas por você: você quer?; você está disponível para a mudança?; o que você fará daqui há 10 horas?, e, quantas vezes você tentou?
Reflita. Ainda: o que você quer é o que você precisa?
O sucesso virá (o seu). Mas, veja lá, acerte o caminho, durma bem e colha os frutos de muita luta (a mais prazerosa).
A gente chega lá. We will get there, pope. We will get there. Piano piano si va lontano.

13.5.16

12.5.16

diretamente pelo povo

Há trinta anos, quando nascia, o povo conquistou, pelo movimento 'diretas já', o direito do voto direto para Presidente da República. Hoje, com o Pedro, meu filho, com quase 10 meses de vida, o Brasil afasta o segundo Presidente nesse período pelo instituto constitucional do impedimento. A pressão popular foi também decisiva. 
Novo Governo. 
A história deve ainda repetir muitos fatos parecidos. Outros nomes, outros personagens, mas a mesma instabilidade social. Sempre. Não pensemos que o Brasil se resolverá com Temer. Não. Nem com os próximos 30 líderes que seguirão. Continuará com problemas. Mais ou menos, a depender de onde você esteja sentado. Ou os seus problemas são os mesmos de dentro do seu carro em relação ao negro que mora em uma favela e nem senta na condução, porque lotada?
Nos Estados Unidos, Canadá, Suécia, Japão e os outros mais de duzentos países, principados e sei lá mais o que pelo mundo os problemas são outros, porém existem. E muito. Do mesmo jeito que no Brasil. Clima, terrorismo, doenças, desigualdade, depressão, refugiados, intolerância, isolamento, alimentação, guerras etc. Encontre algum lugar sem problemas, desafios. A própria ausência de problemas, aliás, já seria um problema. Pois, são as dificuldades que nos movem. Feliz o povo cheio de desafios. Do contrário, sequer podemos saber se está tudo bem. Repito: o contraste é a semente da rosa. 
Enfim, diretamente vivamos esse novo Governo. Pelo povo, que é mesmo e sempre será quem comanda ele mesmo. 
Ah, e foi tarde. Viva.

10.5.16

novidade

Muito questiono sobre a mesmice. Mesmo isso, igual aquilo, mais uma vez. É lamento doído, anseio por novidades. Elas vêm. Sempre. Mas, ainda quero mais. Queria cada dia diferente do outro, substancialmente. Não são. Todos possuem um pouco do dia anterior, mais ou menos. E assim conhecemos pessoas e mantemos relacionamentos duradouros. Trabalhamos em uma mesma coisa. Praticamos uma mesma atividade física. Lemos. Ouvimos um tipo de música. Vivenciamos umas mesmas sensações térmicas. Passa um ano, dois, dez. 
É claro que muito acontece. Se uma hora do dia pode parecer igual a outra não é. E as diferenças vão além de um jogo dos sete erros. Que dirá um dia?! 
Mas, muito, realmente, se torna igual para nós. E queremos outra coisa. 
É difícil mudar? Mudar o quê? Tanto pode ser alterado. O caminho do trabalho, a dieta, a forma de tratar as pessoas, o sapato, o livro preferido, o número de vezes que você liga para um amigo. E quando devemos mudar? Ixe, aí não sei. Quando dá vontade? Devemos fazer tudo que temos vontade? Sabemos que não. E quando ignoramos isso o resultado geralmente é catastrófico. 
Então, de novo, qual a medida da mudança, do nosso afã pelo novo? Difícil. Não existe fórmula. É a própria vida. Precisamos mudar, sob pena de pararmos a engrenagem, mas não podemos viver em eterna alternância, a pagar pela solidão em si mesma. Quem não possui lastro, não tem base, não sabe para onde ir, pois não reconhece de onde partiu. Viajar é preciso, retornar também. Mesmo que para outro lugar. 
Mude, mas não mude. 

9.5.16

terceira ou quarta vezes

Já é lá pela terceira ou quarta vezes que tento escrever todos os dias nesse blog. E ainda não será dessa que conseguirei. Não porquê não queira. Inté ki quero. Mas, porém, entretanto, todavia, contudo, não tenho ainda a força motriz para tanto. 
Escrevo agora. Resisto. Amanhã talvez.e depois, depois e depois é possível. Chegará dia, porém, que me faltará força,  pensarei que falta tempo (esse nunca falta, quem se ausenta somos nós, para fazer outra coisa), e não escreverei, nem aqui, nem lá. E o dia seguinte claudicará. O outro terá preguicite, e aguardarei mais uma onda, ou, a depender, uma marola de motivação. E escreverei sobre escrever. Enrolarei. Churumelas. Rebarbas. Textos melhores que outros. Bla bla bla
Graças a Deus.

8.5.16

dia das mães

O mundo está punk. Para que um filhinho fadado a muito sofrer por segurança, recursos naturais, trabalho digno etc. etc.? Tô fora, diz-se. Nãããão. Essa a razão da vida: superar todos esses desafios. 
Ah, mas a vida era muito mais fácil antigamente. Ah, claro. Você não gosta muito de ler, certo?! História, então, menos ainda. Sempre existiram os perrengues mais insanos que você sequer pode imaginar. E continuarão existindo. No meio estamos nós. Nem lá nem cá. Não precisamos ser o exemplo do marasmo (porque uma vida só de piscina e água de coco é vazia, sem sentido, desafios), tampouco da superação extrema. Somos extremamente limitados. Pelo tempo, pelo clima, pelos outros, por nós mesmos. Sim, mesmo assim há um infinito (a contradição que me perdoe) realizável. Ter um filho é uma dessas realizações.
Coragem. Que o dia das mães de hoje não só inspire um pai metido a escritor, como também mães a cuidarem melhor de seus filhos, a cuidadoras e professoras a buscarem a excelência em suas belas funções, aos governantes trabalharem finalmente por muito mais educação. 
Tenham, com responsabilidade, filhos. Adotem. Eduquem. Transmitam afeto e conhecimento bom. Sempre há espaço no mundo para pessoas boas.
Mãe é isso. É cuidado, atenção, tempo, respeito, amor, reflexão, escolhas -, é viver. 
Feliz dia das mães. 

7.5.16

Capítulo III A morte

Preciso de cinco letras
Ela de uma discussão
Se a ideia não centra
Tampouco a mão. 
259 dias, quatro convocações gerais
Plano traçado
Mais segurança no roçado
Objetivos definidos, expectativas reais. 
Discordou. Se é assim é sem mim
Foi embora e depois outro
Triste. Onze e treze. Mas, continuemos, enfim.
Reprodução, alimento, espaço
Doença, governo, bagaço
Não houve rima.
A verdade é que era apenas mais uma sociedade. Mas, pense só, não era isso que eles queriam. E, quando quer-se algo e vai-se em busca há encontro. Já se disse que não existe a tentativa, mas o ato e que o caminho da vida é a morte, o do risco o sucesso. 
Um ano. Manual reescrito, direitos e deveres reinventados. Quatro premissas.
1. Aconteceu, ponto. Agora pode ser diferente. Amanhã não precisa ser igual.
2. Se o homem cria a regra, institui o contrário. 
3. Você sabe o que fazer.
4. Sua vida é tão simples quanto a do girassol.
Concordo. Não concordo. Acordes concordes.
Nomes foram dados. Era preciso,  já que seriam criados lugares, privilégios. Porque, ora pois, somos os firmes fundadores.
Um, dois, três, quatro até o último, a quatorze. Sim, e só. As mulheres não gostaram. Por que "os" números? Ficou assim mesmo. A três, a sete. O oito. A doze.
- Bom dia.
- Dia.
- Semana que vem serei o ponteiro. Muitas saudades do mundo lá fora. O que se diz daqui? Quem são os governantes? 
- Volte. Se está ruim vai.
- Lá eles têm destituído líderes do Governo. Há desorganização. Todos os defeitos, dificuldades. 
-Também teremos.
- Será? Não. Acredito na transformação. A boa semente. E contrastes. Sempre existirão. São a razão da vida.
- Como assim?
- Simples. Você acredita em nós porque desacredita neles. Contraste. O bom torna-se visível, perceptível por conta do mau.
"CHAMADA A TODOS. CHAMADA A TODOS."
- Convocação geral. Vamos.
Na tenda dois: "todos sabem da minha sobrevida. Fraqueza extrema, partida iminente. Preciso deixar a liderança, mesmo em tempos difíceis. O falecimento do oito deve ser refletido. Todos somos responsáveis. Não chegaremos lá com comportamentos violentos."
Doze assume interinamente, até término do procedimento de novas eleições. 
Sugere, sustenta e aprovam que todos funcionem como porteiros, em rodízio aleatório, sorteado. Importante que não só os mesmos três ou quatro saiam à civilização, mas que seja direito-dever de todos. Assim não haveria mais possíveis contaminações. Nós temos que crescer de dentro para fora e não o inverso. Exemplo de organização e qualidade de vida.
E foi assim. Foi um bom mandato de doze, embora de poucos meses. Não concorreu à nova liderança. Conheceu dos detalhes da sociedade e iniciou suas divagações, cada vez mais profundas. Mas, seguia com outras funções relevantes, como a leitura para o novo membro, com poucos meses de vida.

Continua. 

sábado rock

Se há silêncio há rock n' roll. Porque, o movimento retrata o tédio, a paranoia a inércia. 
Então, ligue seu radinho na rádio barulho e sente-se. Feche os olhos. Ouça o rock. 
A bateria, a guitarra, o baixo, o vocal, os teclados, outros sons e instrumentos. Preste atenção em um, noutro. Sintonia. 
Depois levante-se, ligue a loucurite e saia manso pela escada. Sem corrimão. Nariz salvo, pele nua, cumprimente a árvore. O céu, o ar, as nuvens, o sol. Sozinho. Leve um livro. Deite-se na grama. Leia.
Reconheça que somos todos, mas um só. As diferenças tamanhas, o espaço diminuto, o organismo limitado. Imagine, sim. Contudo, apenas o caldo. A Catarina fica para depois.

6.5.16

hoje eu acordei feliz

Gosta de Charlie Brown Júnior? Banda de rock de Santos que até outro dia estava em plena ativa com músicas bem tocadas e inteligentes. Gostava muito. Ainda gosto. Final trágico. Fica a lembrança boa. Se gosta lembrou da música quando leu o título desse texto. Essa música é ótima. Em outra parte ele canta: só não quero acordar.
Alguém postou esses dias no facebook uma homenagem dos vinte anos do filme Forest Gump. Que filme. Fiquei com a lição que ele sustenta que às vezes vale saírmos correndo por aí e deixarmos para encarar o problema depois. A questão permanecerá e um dia cansaremos de correr, contudo não há um só caminho para as coisas, mesmo que pareça mais certo a velha orientação de não por a sujeira debaixo do tapete. Que se foda a sujeira, que se foda o tapete. O tapete uma hora espirra na sua cara, porém. E tudo bem. Voltamos para casa.
Isso que diz essa parte da música: só não quero acordar. A coisa tá preta, mas estou bem. Lido com as coisas e sei que devo acordar, mas não quero. E que felicidade.
Deus que me desculpe. Se fosse errado errar, poxa vida, errei. Ou seja, sabemos, lá no fundo, o que é certo. Todos sabem. Acredito nisso. E todos sangram pelos próprios atos sem intervenções alheias.
Por isso, não precisa acordar hoje. Perdi a hora, chefe. Amanhã é sábado. Tem domingo e depois segundis minha querida. Só durma tranquilo com a certeza que depois tudo se repete. Toda divina semana. Um dia acordar já não é mais opção. 
Faça o que quiser. Entretanto, não faça o que quiser. Confuso? 
Hoje eu acordei feliz.

5.5.16

ereção

O porco-da-índia fêmea tinha os seios de fora. Mas, tudo bem, disse o ganso, já que a terra os atrai. O problema é o cavalo. Pouca vergonha. A galinha nada disse. Estava ocupada com seus grãos. Passa a pomba rola contente. Diz que vota pela liberdade do coelho, papagaio é fiel porque vive demais. O rato, veja só, faltou. Acompanha a esposa em mais uma rataiada. 
A festa termina. Ganha a cadela. Abril, agosto, dezembro querem mais. Diz que a elefoa virá. O macaco sai do canto. Curvado. Não olha para ninguém. 

4.5.16

sonorização

Três coisas: quero a medalha, não bata minha bike no chão e descubra a centopeia. Não entendeu. Há dez anos não conversava com o amigo. A doença fulminou sua sinapse, sua razão. Mas, ele ia visitá-lo. Todo mês. Há dez verões. Ia no inverno. Esse ano foi no outono. Em frio de final de abril. Passava a pé pela praça da casa, tomava café na venda do Seu Rubens, cumprimentava a vizinha Laís. Trinta e cinco minutos. Olá. Trouxe esse livro hoje. Lia o capítulo por ler. Tchau. Lia outro no banco da praça. Escrevia. Não sobre o amigo. Sobre a batida da frente. Quando ainda não vivemos e queremos acordar o inquilino. Quando há vagas, porém estamos com sono demais. O amigo louco aparece na janela. Você esqueceu seu livro, grita. Uma panela de plástico na mão - distribuíram na época dos panelaços. Toda força é pouca. Acena de volta. Vai para o bar do Ronaldo. Feijoada. Fica para a tarde. Jogo do Santos. Dorme tranquilo. Sua madrugada tem às de copas. Dia seguinte sabe não. Pensará o domingo do doidinho. Fica em casa. Ouve Legião Urbana. Será que nada vai acontecer? Termina o texto.