17.8.13

XV. Manhã.



Escrever. Escrever era importante para Nermo. Necessidade. Visceral.
E naquele instante, então, ele estava novamente em sua escrivaninha. Ouvia música e os sons da manhã: pássaros, o distante som de veículos, o amanhecer.
O céu, pelo menos o pedaço que via de sua janela, ainda por entre folhas de uma palmeira, estava com tantos fragmentos de nuvens bastantes para ainda mais embelezá-lo. Era azul bem claro e alaranjado no topo do morro. O laranja ia para lilás nas porções um pouco mais acima das árvores da montanha. Ah, o sol naquele dia nascia das árvores do cerro.
Nermo, assim, gostou de acordar nesse lugar e de escrever um pouco esse acordar. Havia escrito, afinal. Isso também outra coisa que gostou. Simples. Profundo. Nermo. Único. Palavras. Às vezes, era o que ele conseguia escrever. Palavras soltas. Que também marcam o papel e naturalmente registram, absorvem, transmitem informações e sentimentos –  tranqüilizou-se o bom Nermo que neste momento vamos conhecendo. Sempre.
Foi tomar café. Já era hora. Foi.

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