6.2.19

Felis catus


texto de Piero Capestrani

Esse é um dos nomes científicos do segundo animal doméstico mais popular do mundo. Não engane-se, o primeiro é o peixe de aquário, para você que pensou que era seu 🐕

Os gatos domésticos teriam origem nos gatos selvagens e possuem ancestralidade no grande reino dos felinos, já tendo sido notados comportamentos de grupos de gatos com a mesma hierarquia dos leões.

Os felinos são muito úteis. Sempre foram. Caçam ratos e são boas companhias. São exímios caçadores e, em comparação aos cães, ainda possuem grande desejo de caça, ainda que apenas por diversão. Tendem a ser sociáveis entre eles e possuem um jeito próprio para comunicarem-se com os humanos: seu miado. Sim, os 🐈🐈 raramente miam. O miado é para você. Aliás, o cérebro dos gatos é complexo, sendo semelhante com o nosso em alguns aspectos, como na capacidade de sentir emoções, como alegria e tristeza, já tendo sido diagnosticada a depressão felina. Trate bem os bichinhos, hein?!

Tem mais, muito mais. O felis catus dorme muito para poupar energia. Não é preguiça, portanto. É uma necessidade de seu organismo. 

As crenças maldosas contra os gatos pretos vêm da Idade Média, da Inquisição. Naquele tempo, sabidamente retrógrado, a Igreja Católica, para tentar manipular as pessoas e conquistar mais poder, inventou diversas acusações contra mulheres supostamente bruxas. Não houve processos justos. Portanto, elas sequer podiam defenderem-se das acusações. Era direto para a fogueira. Os gatos pretos, infelizmente, comuns na época pela sua grande utilidade de caça aos ratos, seriam, segundo a Igreja, os disfarces das pretensas bruxas e, assim, também foram para a lista de hereges, acredita?! Eles, nem preciso dizer, não passaram mesmo por qualquer Tribunal sério. Só o dos homens medíocres que governavam a Igreja da época. Nada contra o catolicismo. Sou católico. Só reconheço que o ser humano falha.

Os gatos são, ainda, bem vistos pela cultura da meditação, pois sua postura geralmente calma e a capacidade de descanso por longas horas são bem próximas aos níveis corporais alcançados pela prática meditativa.

Sobre mais misticismo, dessa vez, ao invés de perseguidos, os bichanos eram deuses. Isso aconteceu, como sabemos, no Egito antigo, há milhares de anos. Quem ferisse um gato estaria em maus bocados, sendo condenado à morte em certos casos. Já pensou?! Hoje, por muitos valores diversos que conciliamos em sociedade, os animais não possuem a proteção que merecem. Há muitos gatos abandonados, outros sofrem maus tratos, há comércio de filhotes, como se fossem produtos, e, mesmo após centenas de anos, ainda certas pessoas carregam a superstição de azar do gato preto.

Mais uma curiosidade: em inglês, os animais, inclusive o gato, recebem o mesmo pronome usado para as coisas, o "it", o que seria equivalente ao nosso "isso" ou "essa". Ou seja, se dissemos "ele" é um gato bonito, na língua inglesa já não é possível, ao invés, eles dizem, por equivalência, "isso" é gato bonito. É apenas uma diferença linguística, contudo, pois os gatos são bastante populares nos países de língua inglesa.

Eu sempre gostei deles. Uma gata que cuidamos viveu muitos e muitos anos, a Fifi. Convivemos hoje com o Bach, um gato preto muito dócil. Os dois foram adotados. Não concordo com manipulações genéticas e criadouros para sua comercialização predatória. Os felinos fatalmente são mal tratados, já que não há objetivo de cuidados, sempre trabalhosos e caros, mas de lucro e mais lucro. Alguns países estudam ou já proibiram a comercialização de animais domésticos, como a Austrália, no seu Estado de Victoria, cuja capital é a conhecida cidade de Melbourne, onde vivem muitos brasileiros.


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