22.6.14

Oba, digo, o Bach.


A Vanessinha compartilhando seus dotes literários. Belo texto. Colaborei com a última frase e uma ou outra sugestões, mas o texto é da Vá, embora ela faça questão que eu também assine. Assino, claro. Casal é casal, hehe.


Oba, digo, o Bach.

Após dias pesquisando onde estaria o afamado pet finalmente o encontramos. Não antes da ajuda de quem define bem o que é esquerda do que é direita.

O tamanho do lugar não segue a fama, mas era onde ele estaria. Era o necessário para ele nos encontrar.


A calçada estava repleta de gaiolas com animais. Alguns ariscos, outros dormindo, outros no colo seguindo sua nova oportunidade de caminho olhando para quem ficava como se dissessem adeus. E lá estava ele em uma gaiola, já com nome, lar e sem saber disso.


O sofrimento. Abandonado, recolhido, adotado, devolvido, engaiolado, exposto, humilhado. Gato feio, gato feio. Subnutrido, infeccionado, “dermatitado”, “otitado”... O que é imunidade mesmo? 


Olhamos um, outro. Ele diz: “Queremos ver esse”. O gato dormia com uma meleca estranha nas costas escondendo a falta de pelagem. Primeiro no meu colo. Inspeciono, agrada, simpatizo. Converso com o Piero e então o gato toca meu queixo com a pequenina pata como se me chamasse. Olho para ele e era ele que procurávamos. “Pega agora você”.  Piero conversa comigo e então o gato morde seu queixo, com certeza era ele quem nos encontrava.


Veterinário aqui e veterinário lá. Cuidados foram diários e ainda são. 

Compramos e inventamos brinquedos, mas quase não damos conta de brincar tanto; por sorte, dorme outro tanto. 


Meigo, dengoso, carinhoso, às vezes atrapalhado, às vezes terrível. Ele está ótimo. Gato.


O Bach dói, o Bach rege, o Bach mia, o Bach faz, o Bach sola, o Bach sim, o Bach lão.



Vanessa Alessandra de Oliveira


e


Piero de Manincor Capestrani (só a última frase e um ou outro detalhe)


 

4 comentários:

Ou: pi_cap@hotmail.com

Obrigado.